O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) disse em um pronunciamento que somente a “pressão das ruas que pode reverter o crescente conservadorismo no Parlamento e no Executivo”, se referindo ao crescimento das bancadas religiosas nas decisões da Câmara e do Senado.
Em apoio à PLC 122 o deputado afirmou que “a força da unidade do movimento (LGBT) precisa ganhar as ruas do Brasil para dialogar com cada trabalhador, dona de casa, estudante, cristãos e outros religiosos, a fim de mostrar a importância da aprovação [do projeto de lei]”. O deputado disse também que os movimentos LGBT ficaram confusos e divididos ao longo do processo para aprovação da PLC.
Segundo o UOL o deputado criticou as mudanças realizadas na PLC pela senadora Marta Suplicy afirmando que “a retirada de pontos centrais para amainar a oposição de setores fundamentalistas ao projeto se mostrou improdutiva”.
Alencar disse também que “os conservadores anunciaram na própria reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado que não há homofobia no Brasil e insinuaram que o ódio contra homossexuais seria legítimo, por se tratar, segundo eles, de uma opção pelo pecado”. O deputado continuou seu discurso afirmando que “com argumentos de que a lei de Deus não se muda, um setor fundamentalista das igrejas evangélicas se esquece que o Estado Laico é a única garantia, não só de liberdade aos LGBTs, mas às próprias religiões minoritárias, como as confissões evangélicas” e completou dizendo que “quem lê os Evangelhos sabe que Jesus Cristo jamais discriminou os diferentes de sua época”.
Chico Alencar encerrou seu discurso na tribuna criticando o governo do PT. Segundo ele “a despeito do compromisso histórico do PT com a emancipação LGBT, o Governo Lula/Dilma, com sua imensa maioria no Congresso, não tem a diversidade sexual como uma das suas prioridades.”
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