Um debate silencioso sobre o fechamento de dezenas de igrejas evangélicas pelo governo finalmente veio a público quando um importante membro evangélico do Congresso da Costa Rica resolveu protestar subindo na parte mais alta do principal monumento do país.
Carlos Avendaño passou várias horas no alto da estátua em um dos principais parques de São José até que o governo concordasse em negociar com ele e os líderes de igrejas evangélicas.
O protesto foi precipitado pelo fechamento de mais uma igreja evangélica, uma das quase 80 igrejas fechadas pelo ministério da saúde no ano passado. O governo alega que apenas 37 igrejas foram fechadas por falta de instalações sanitárias (banheiros) adequadas ou excesso de ruído em área urbana durante os cultos. Ex-pastor pentecostal, Avendaño afirma que igrejas fechadas somam quase 80.
A Federação Aliança Evangélica da Costa Rica sustenta que o fechamento em massa de igrejas evangélicas, considerando que nenhuma igreja católica romana recebeu o mesmo tratamento, significa perseguição religiosa.
As autoridades da igreja ressaltam que, embora a liberdade religiosa seja um direito assegurado na legislação costarriquenha, uma igreja evangélica não pode ser constituída em pessoa jurídica como organização religiosa, mas é obrigada a se registrar como "associação". Essa diferença dá às igrejas evangélicas um status diferente. Elas não gozam da mesma proteção legal que as igrejas oficialmente designadas.
O dramático protesto de Avendaño foi precipitado pelo fechamento de uma igreja evangélica às vésperas do domingo de Ramos. "A igreja não foi notificada da ação", disse ele, salientando que a igreja foi fechada durante um culto. "As autoridades fecharam a igreja antes mesmo de o culto terminar e as pessoas saírem do templo".
"Não é possível a Semana Santa chegar e os cristãos evangélicos não poderem praticar sua fé porque a igreja foi fechada. Trata-se de uma perseguição sistemática aos cristãos".
As autoridades da igreja na Costa Rica negaram-se a identificar a igreja e as especificidades desse caso.
Das igrejas fechadas, é típico o caso da Igreja Semente Sagrada, em São Isidro, província de Puntarenas, que realizava cultos há 22 anos. A igreja está fechada desde dezembro, após a denúncia de um vizinho que reclamou que o nível de ruído produzido pela igreja excedia o máximo permitido na lei.
"O vizinho, um estrangeiro, organizou um comitê local que forçou o fechamento da igreja, uma associação de aposentados e uma clínica médica", declarou Alvaro Porras, um dos pastores da igreja.
Porras comentou que, apesar do apoio do prefeito da cidade, que recomendou ao governo que reabra a igreja porque ela realiza um excelente trabalho espiritual e social" através de seus ministérios com drogados, prostitutas e alcoólatras, as autoridades da área da saúde negaram-se a reconsiderar o caso.
Atualmente a igreja vem se reunindo em um outro local, enquanto sem amplo tempo permanece vazio.
De acordo com estatísticas do governo, 96% das igrejas evangélicas no país não têm as instalações sanitárias que o governo exige. Muitas dessas igrejas têm pequenas congregações que sempre se reúnem em lojas, em prédios remodelados ou em lares.
As igrejas evangélicas protestaram alegando que muitas são pequenas demais e não dispõem de recursos para providenciar as instalações que normalmente se vêem nas grandes catedrais católicas.
O governo justificou a medida que tomou depois da denúncia por excesso de ruído, salientando que muitas igrejas evangélicas se reúnem em áreas residenciais, enquanto a maioria das igrejas católicas romanas fica em áreas comerciais e tem parques públicos ou área livre à sua volta.
O protesto de Avendaño provocou uma resposta rápida das autoridades do governo. Delia Villalobos, vice-ministra da saúde, concordou em negociar com Avendaño e os líderes da Federação Aliança Evangélica da Costa Rica.
Na negociação, o governo concordou em permitir que todas as igrejas reabram desde que providenciem as instalações necessárias dentro de um determinado prazo.Por sua vez, as autoridades da igreja concordaram que as igrejas diminuam o volume de seus alto-falantes, respeitando a orientação do governo.
Os líderes da igreja afirmaram em tom acusativo que na Costa Risca é mais fácil fechar uma igreja evangélica que fechar um bar, um club de strip tease ou uma casa de prostituição.
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