Os EUA e outros países ocidentais condenam Assad por sua brutalidade para acabar com as manifestações. A esperança de Washington e seus aliados é que um governo pró-ocidente e democrático venha substituir o regime de Assad, acabando com o crescente isolamento de Israel dos outros países do Oriente Médio e do norte da África.
No entanto, moradores locais dizem que os protestos que marcaram a Primavera Árabe parecem estar caminhando em direção a governos que aderem à sharia (lei islâmica), assemelhando-se ao governo atual, ao manter o extremismo islâmico.
Na Síria, a preocupação é que a Irmandade Muçulmana da Síria, com apoio do governo Wahhabi da Arábia Saudita, esteja financiando protestos contra o regime de Assad. O wahhabismo forma as bases para as crenças da Al Qaeda, que comandou os ataques de 11 de setembro de 2001.
Analistas criam a hipótese de que, com a saída de Assad, os extremistas islâmicos assumam o poder e imponham isolamento para os cristãos.
Durante anos, o governo de Assad apoiou e protegeu a pequena população cristã síria. Mesmo que seu governo seja identificado como xiita, eles têm integrado algumas doutrinas do cristianismo e celebram algumas festas cristãs, como o Natal, a Páscoa, entre outros. Eles também usam o pão e o vinho em suas cerimônias religiosas.
“Os cristãos sírios veem o que está acontecendo em outros países, especificamente o que aconteceu no Egito, e percebem que o governo mudou, mas ainda existem ataques contras as igrejas cristãs; e eles têm medo de que isso aconteça na Síria também”, disse Jerry Dykstra, porta-voz da Portas Abertas nos EUA, que monitora a perseguição contra os cristãos no mundo.
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