O Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, criado pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO), para mudar uma resolução do Conselho Federal de Psicologia sobre tratamento psicológico de homossexuais, tem sido motivo de polêmica durante essa semana.
O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) afirmou que a polêmica aconteceu porque a mídia divulgou o projeto de forma preconceituosa. Segundo Lucena o projeto foi olhado de um ângulo específico para acusar os deputados, que são evangélicos, de preconceituosos. Campos, autor do projeto, também publicou uma nota oficial em seu site, na qual critica a forma com o projeto foi tratado nos meios de comunicação.
Além dos políticos, diversas pessoas se manifestaram sobre o caso, como o blogueiro João Carlos Barretot, que disse em um texto publicado em seu site, que o projeto está propositalmente mal interpretado. Para ele, o foco principal do assunto está sendo desviado.
Classificando a ação do Conselho de Psicologia como ditatorial, Barreto afirmou que “em questão de tratamento, a porta deve estar aberta para quem busca e não ser sumária e ditatorialmente proibido por qualquer categoria” e que a escolha por tratamento deve ser do paciente. O blogueiro afirmou ainda ser hipocrisia ir contra o projeto, e que a lei deve garantir a liberdade da pessoa que quiser buscar tratamento ou cura.
Leia na íntegra a opinião de João Carlos Barreto:
A repercussão que está dando na sociedade sobre o Projeto de “cura gay” do deputado federal João Campos está tendo o foco principal desviado. A questão maior não é se o homossexual vai ser curado com a psicologia ou não, o problema é o Conselho de Psicologia proibir a busca dos gays para uma possível cura na psicologia.
É uma ação ditatorial do Conselho de Psicologia em proibir, principalmente psicólogos cristãos, de atenderem pacientes homossexuais em busca de cura. Muitos relatos existem de gays que após tratamento voltaram para sexualidade natural. Casos de traumas psicológicos, abusos na infância, entre outras, que tratados os pacientes voltaram a ter outra opção sexual.
Em questão de tratamento, a porta deve estar aberta para quem busca e não ser sumaria e ditatorialmente proibido por qualquer categoria. A pessoa, gay ou não, tem o direito de buscar tratamento. Não cabendo a A, B ou C, dizer que sim ou não; pode ou não pode. Essa opção deve ser do paciente.
O que o deputado João Campos fez foi colocar a opção na busca da cura do homossexualismo em lei, uma vez que o Conselho de Psicologia, na surdina, vinha proibindo e até punindo psicólogos que estavam tendo êxito em alguns casos.
É uma hipocrisia ir contra essa lei. Não importa se para curar gay, câncer ou lepra, o que importa é que o que a lei assegura é a liberdade da pessoa que quiser buscar cura ou tratamento onde ele estiver disponível. Se funciona ou não, só com trabalho e pesquisa, outras especialidades da medicina também são utilizadas cotidianamente sem que o paciente tenha a certeza de cura e nem por isso levantam-se vozes pra criticar.
A pessoa tem de ter, sim, a liberdade de escolha!
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