- Cristãos em Chattisgarh organizaram uma manifestação de 5 dias na semana passada para protestar contra o aumento dos ataques às igrejas do estado.
Aproximadamente 80 líderes cristãos participaram da manifestação, coordenada por Arun Pannalal, da Igreja do Norte da Índia, após os ataques de 11 de setembro a duas igrejas em Raipur, quando extremistas destruíram o prédio e agrediram cristãos.
Uma delegação do Raipur Fellowship, uma associação de pastores locais, se encontrou com o ministro Ram Vichar Netam em 16 de Setembro e apresentou um memorando de protesto.
De acordo com Rakesh Jayaraj, membro da delegação, o memorando pedia a prisão imediata do acusado nos dois ataques recentes às igrejas; solicitava segurança adequada aos locais de adoração dos cristãos; e cobrava a investigação de numerosos casos de violência anticristã no estado. O memorando também exigia a proibição de organizações religiosas fundamentalistas.
"Enquanto recebia o memorando, o ministro pediu-nos para que parássemos a manifestação de protesto e nos garantiu que iria imediatamente examinar as nossas solicitações," disse Jayaraj ao Compass.
A manifestação, que começou em 12 de setembro, foi organizado em resposta aos ataques de 11 de setembro. Extremistas hindus pertencentes ao Dharam Sena (exército religioso) realizaram as invasões.
Dharam Sena é uma ramificação do Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Hindu Mundial) formada por Dileep Singh Judeo, um líder local do partido hindu nacionalista Bharatiya Janata.
Jayaraj explicou que os extremistas atacaram subitamente sua igreja, Teacher Disciple Vineyard, em Jagannath Nagar, Raipur, na manhã do dia 11 de setembro. A igreja ainda estava em construção, e alguns membros estavam inspecionando o local quando aconteceu o ataque.
O bando arrancou a cruz da igreja e a jogou em um tanque infectado. Eles também quebraram cadeiras, um cilindro de gás e uma bomba de água. Os reparos irão custar aproximadamente 50.000 rúpias (1.140 dólares), de acordo com os oficiais da igreja.
Cinqüenta extremistas do Dharam Sena tinham anteriormente atacado a mesma igreja em 14 de agosto. Eles derrubaram o muro e a cruz, e alegaram que a igreja havia invadido terras pertencentes a um de seus líderes, Sandeep Tiwari.
Jayaraj negou sua alegação. "Nossa igreja é registrada, e o terreno no qual ela foi construída também é registrado," ele afirmou.
Passado o ataque de 11 de setembro, o tribunal local expediu uma ordem determinando que nem os membros da igreja ou os membros do grupo extremista tinham permissão para entrar no prédio até que a disputa tivesse terminado.
A igreja registrou uma queixa oficial contra Tiwari, Leela Dhar Chandrakar (presidente do Dharam Sena) e outros membros do Sena sob algumas seções do código penal indiano.
Falsas alegações
No mesmo dia do ataque à igreja Vineyard, os membros do Sena invadiram outra igreja em Raipur.
"Três pessoas do Dharam Sena participaram do nosso culto de louvor em 11 de setembro," disse ao Compass o pastor Anup Philip, da igreja Christian Evangelist Assembly Full Gospel. "Enquanto eu estava preparando a ceia, outros membros do Sena vieram e começaram a gritar do lado de fora da igreja, pensando que o culto havia acabado."
Ele acrescentou: "Quando minha esposa e meu irmão foram ver o porquê do grande barulho do lado de fora da igreja, os criminosos atacaram, esmurraram e bateram neles, acusando a igreja de conversões."
Philip apresentou uma queixa contra o acusado em uma folha em branco na base local da polícia Taliban, mas não registrou queixa oficial, dizendo que havia "perdoado os agressores."
Até o momento, Tiwari e Chandrakar, ambos acusados pelos ataques, permanecem em liberdade, apesar da garantia de justiça dada por Netam.
Em resposta à manifestação de cinco dias e à entrega do memorando de protesto, o VHP, o Fórum pelo Renascimento Religioso e o Dharam Sena realizaram um comício em 17 de setembro, alegando que 47 igrejas em Raipur tinham sido construídas em terras pertencentes aos hindus.
Líderes cristãos disseram que as alegações são falsas, porém, eles esperam mais problemas vindos dos grupos extremistas como resultado dessas alegações.
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