Cristãos podem ser excluídos de relatório dos EUA sobre genocídio praticado pelo Estado Islâmico
Os cristãos poderão ser excluídos de um relatório oficial do governo dos Estados Unidos sobre o genocídio praticado pelo Estado Islâmico no Oriente Médio.
De acordo com o serviço de notícias internacionais do Yahoo!, o relatório deverá incluir o povo Yazidi entre as minorias que sofrem com a perseguição religiosa em sua declaração, mas não incluirá a minoria cristã.
Embora os relatórios tenham emergido por meses de perseguição cristã grave, promovida por militantes do Estado Islâmico, incluindo decapitações, estupros e crucificações, o registro do governo norte-americano afirma que, mesmo que os cristãos tenham sido expulsos de suas casas, somente a violência contra yazidis fez "as ações alcançarem altos padrões de genocídio".
Segundo o site "National Review", esta afirmação é uma afronta direta aos relatos de perseguição aos cristãos, que têm sido noticiados por agências de notícias ocidentais, durante meses.
Escrevendo para a Fox News, Johnnie Moore afirma: "Isto não é uma perseguição imaginária; na Síria há relatos de sequestros, as comunidades cristãs são deslocadas intencionalmente por militantes e, o pior de tudo, ocorrem tiroteios e decapitações de cristãos que se recusaram a se converter ao Islã".
Muitos no Oriente Médio pediram ao Ocidente para intervir e prevenir a total erradicação do Cristianismo na região, onde este teve o seu início, há milhares de anos.
Jean-Clément Jeanbart, o arcebispo greco-melquita católico de Aleppo, alertou que o cristianismo poderia ser completamente dizimado da região até 2020, se o Ocidente não intervir.
Alguns grupos têm reconhecido a flagrante injustiça de se recusar a reconhecer a perseguição contra os cristãos e começaram um projeto de lei bipartidário, declarando que o genocídio está sendo enfrentado pelos cristãos, Yazidis e outras minorias.
O site "National Review" informou que a declaração de que grupos estão enfrentando o genocídio "é mais do que meramente uma questão acadêmica, mas vai determinar como estes grupos receberão apoio internacional".
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