De acordo com os últimos relatórios da Portas Abertas, aumentou em 51% o número de refugiados paquistaneses na Tailândia, em relação ao ano passado. Há cerca de 11.500 cristãos em busca de asilo, passando por grandes dificuldades e tendo de enfrentar processos burocráticos por parte da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). Informações locais revelaram que os cristãos têm sido tratados de forma hostil. Um documentário da BBC divulgou internacionalmente detalhes sobre a situação daqueles que foram presos em centros de detenção tailandeses.
Membros do Parlamento Britânico disseram que o governo adotou uma avaliação oficial mais severa com os cristãos vindos do Paquistão. E até as autoridades do país perceberam que a ONU não tem se preocupado com o risco de perseguição religiosa que os cristãos paquistaneses estão enfrentando. A maioria dos seguidores do cristianismo não se sente segura na Tailândia e, por outro lado, sabe que a volta para o Paquistão pode significar a morte. Alguns alegam não possuir nem mesmo os documentos pessoais, que foram perdidos quando suas casas foram queimadas por extremistas islâmicos. Eles dizem que a ACNUR tem os rejeitados por falta de identificação. “As pessoas não acreditam em mim. Eu cheguei a apanhar e até a pedir desculpas pelo que não fiz. Um homem que não me conhecia me defendeu, e por isso pude ir embora”, disse um dos cristãos refugiados.
Nasir Tufail Bhatti conta como saiu do Paquistão: “Sou de família cristã e, em meu país, eu atuava na política, como vice-líder da oposição e vice-presidente da Comissão de Paz no Paquistão. Sempre que a comunidade cristã se via oprimida eu ajudava. Até que um dia, atacaram nossa vila, queimaram casas, igrejas, cruzes e todas as Bíblias que encontraram. Muitos cristãos foram violentados até a morte. Não tivemos ajuda das autoridades policiais. Eu lutei muito, mas depois desse incidente passei a ser perseguido, sequestraram meu filho. Minha esposa teve um ataque cardíaco e morreu, em estado de choque. Estou na Tailândia para salvar minha vida”, disse ele, que já vive no país há 3 anos. Assim como Nasir, muitos cristãos estão em busca de uma chance para recomeçar. A Portas Abertas tem participado da vida dos cristãos paquistaneses perseguidos e tem colaborado de várias formas. Uma delas é o projeto "Investimento pra vida toda". Envolva-se você também com a igreja no Paquistão.
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