Hoje, depois de um século de conflitos e caos contínuo, os cidadãos birmaneses vivem sob um dos regimes mais brutais do mundo. Apesar da junta militar de Mianmar ser definida por uma mistura de pensamentos budistas e marxistas, seu interesse real é o poder, não uma ideologia. Ao lado disso estão as minorias étnicas de Mianmar, com grandes comunidades cristãs e a favor da democracia.
O povo karen, o maior grupo étnico de Mianmar (20% da população do país) é 40% cristão. O cristianismo é a religião dominante entre os povos kachin, ao norte, chin e naga, ao oeste, e tem se espalhado entre os povos karenni e karen, do leste.
O regime militar de Mianmar extermina todos os dissidentes, mas as insurgências continuam por todo o leste. O exército de Mianmar é conhecido por seus graves abusos dos direitos humanos, os quais incluem trabalho forçado, estupro, assassinatos, decapitações, mutilação e o uso de grupos terroristas. Os conflitos internos de Mianmar criaram mais de um milhão de deslocados internos, forçados a sempre mudarem de lugar dentro da densa selva. Há também mais de um milhão de refugiados, a maioria nos campos de países vizinhos.
No meio da década de 1960, todos os missionários estrangeiros foram expulsos do país. Todas as escolas e hospitais particulares, a maioria dirigida por missões cristãs, foram estatizados. Hoje, as igrejas registradas de Mianmar têm uma liberdade religiosa limitada. O governo impõe restrições ao testemunho, à construção e reparos em templos e à importação e distribuição de livros cristãos. O governo também monitora a atividade religiosa de assegurar que não haja diálogos sobre direitos humanos e democracia.
Os cristãos são com freqüência discriminados e perseguidos porque pertencem às minorias étnicas. O budismo é bem estabelecido, usado pelo regime como uma arma contra as minorias étnicas. Sabe-se também que o governo fundou milícias budistas para queimarem igrejas e perseguirem os cristãos entre as minorias karen e karenni. Esses ataques formam uma ofensiva religiosa patrocinada pelo governo, dentro de uma grande guerra civil.
O primeiro missionário que chegou em Mianmar foi Adoniram Judson, em 1813. O território já era, naquela época, hostil e totalmente inalcançado. Judson trabalhou seis anos sem obter qualquer fruto. Quando foi repreendido por isso, ele respondeu: "As esperanças são tão radiantes como a promessa de Deus". Menos de 200 anos depois, Mianmar tem cerca de quatro milhões de cristãos - 8,7% da população. E as esperanças para o país continuam tão radiantes como as promessas de Deus.
No domingo, 12 de março,cristãos de diversas nações clamarão a Deus em favor de Mianmar. Participe você também, orando pelo seguinte:
Que haja um milagre de paz para Mianmar, de nosso Deus Criador, que trouxe ordem ao caos e luz às trevas. Que a paz, não o poder, possa ser o desejo do coração de todos os birmaneses, em especial aqueles que têm posições de influência e autoridade. Que a paz seja acompanhada de sabedoria, justiça, graça e reconciliação.
Que Deus proteja e sustente os cristãos dos povos karenni e karen, forçados a viver sob constante medo, pois ele enfrentam ofensas das milícias budistas e do exército de mianmar.
Que o Espírito Santo firme o olhar de todos os cristãos perseguido de Mianmar em Jesus. Que Cristo possa ser a sua força, direção e esperança.
Que o Espírito Deus traga uma profunda convicção de pecado a Mianmar. Que os assassinatos e a opressão terminem com arrependimento e restauração.
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