Modi fez essa declaração otimista em um pano de fundo com 77% de índice de aprovação do seu governo, segundo uma pesquisa do jornal Times of India. Mas os cristãos e outras minorias religiosas estão certos em ter uma visão diferente em último ano do governo. Em março, um grupo de líderes religiosos minoritários emitiu um relatório que para documentar os mais de 600 casos de violência, sendo 168 contra cristãos e o restante contra muçulmanos.
"O primeiro ano do primeiro-ministro Modi não indica nada de bom para os próximos quatro anos. O ano que passou foi um grande desafio para as minorias (religiosas)", disse Gaikwad World Watch Monitor.
"O futuro não pode ser previsto tão convidativo assim", disse John Dayal, ativista cristão e porta-voz do United Christian Forum, organização formada após os relatórios de intimidação e de violência às minorias religiosas se tornarem constantes.
"Tem sido executado um plano popular de identidades, uma tentativa incessante de criar uma divisão entre ‘nós’ e ‘eles’: demonstrações de ódio por parte do governo e dos ministros, ameaças de membros do Parlamento e de políticos estaduais."
"O governo está preocupado que o país fique com uma má fama e que os relatórios sobre os ataques tenham um impacto negativo", disse um líder cristão ao World Watch Monitor.
Modi tomou posse do cargo em 26 de maio de 2014, após o partido Bharatiya Janata Party ganhar as eleições parlamentares. O partido é construído sob conceitos hindus. "Modi chegou ao poder com um plano de desenvolvimento e luta para conseguir isso", disse Dayal ao World Watch Monitor. "Mas a mensagem é bem diferente da realidade. Ele se tornou um líder contemporâneo de uma comunidade e não de uma nação."
Apenas em Delhi, meia dúzia de igrejas têm sido alvo de ataques incendiários e arrombamentos. Além da violência visando às minorias religiosas, políticas governamentais têm atingido os pobres.
"Investimentos para os programas de saúde, de educação e de bem-estar foram reduzidos, o que é também uma questão de preocupação para as igrejas", disse Dayal.
No Congresso, o partido de oposição também culpou o governo Modi de "negligência dos setores sociais". "A agricultura, educação, saúde e os pequenos comerciantes, que representam a espinha dorsal da economia, têm sido postos de lado", disse Kapil Sibal, líder sênior do partido da oposição no Congresso.
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