ão há alívio na perseguição de cristãos montagnard da etnia degar promovida pelo governo vietnamita: um homem está à beira da morte após tortura policial e outro desapareceu depois de ser levado pela polícia. Esses últimos casos foram relatados pela Fundação Montagnard. Por anos, a fundação tem trabalhado pela liberdade religiosa do "povo das montanhas", monitorando constantemente seu sofrimento.
Em 13 de outubro, dois policiais raptaram um cristão degar chamado Thinh quando ele andava nas proximidades de sua vila: tanto o local onde ele está detido como o estado de sua saúde são desconhecidos. Sua família está "extremamente preocupada" com sua segurança porque "detenções" que resultam em desaparecimento com freqüência significam tortura ou morte sob custódia.
A fundação também denunciou a tortura policial de um homem do mesmo grupo étnico, chamado Y-Tao Eban. Ele foi abordado com dois parentes no dia 14 de setembro porque estava falando ao celular: esse é um pretexto usado comumente pela polícia para deter montagnards para "revista".
Durante o interrogatório Y-Tao foi agredido várias vezes com um rifle AK 47 até que ficou inconsciente. A polícia teve medo de que ele morresse no cativeiro, e então encarregou um táxi de levá-lo de volta à sua aldeia.
A família levou-o ao hospital, pois ele não podia se movimentar. Seus parentes "não sabem se ele vai sobreviver, embora ele esteja lutando pela vida. Os médicos disseram que ele tinha hemorragia cerebral devido às agressões".
Sistemática violação dos direitos humanos
De acordo com dados da organização, mais de 350 cristãos montagnard da etnia degar estão na prisão atualmente: eles têm de escolher entre negar sua fé ou migrar para o Camboja.
Embora o Vietnã queira fazer parte da Organização Mundial do Comércio, o país persiste na sistemática violação dos direitos humanos e da liberdade religiosa, de acordo com a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW). Hanói se recusa a permitir que a Comissão de Direitos Humanos dos Estados Unidos se encontre com presos políticos.
Em abril, pouco antes do início do décimo Congresso Nacional do Partido Comunista, centenas de pessoas - sacerdotes cristãos, monges budistas, profissionais liberais, ex-comunistas, ex-presos, professores e outros - assinaram um documento exigindo respeito pelos direitos humanos fundamentais, um sistema político multipartidário, uniões comerciais independentes e liberdade de culto e de associação política.
Brad Adams, diretor da HRW Ásia, disse: "No Vietnã, a simples assinatura desse documento é suficiente para resultar em inquérito policial e, com freqüência, em prisão".
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