"Estamos passando por um momento terrível," comentou o arcebispo de uma igreja católica na Síria, Jacques Behnan Hindo, para a agência de notícias Fides News no último dia 30. "Os jihadistas do Estado islâmico atacaram Hassaka por dois dias. Eles foram repelidos pelo exército sírio e milícias curdas. Mas estamos afastados, como uma ilha cercada por jihadistas de todos os lados."
No final de fevereiro, cerca de 1.000 famílias assírias foram forçadas pelo Estado Islâmico a sair de suas casas, em uma vila próxima ao rio Khabur, e foram enviadas como reféns para as cidades de Qamishli e Hassaka.
Além disso, 242 cristãos assírios, que foram capturados durante os ataques, ainda estão sendo mantidos sem comunicação, segundo as informações recebidas em al-Shaddadi, após um bombardeio entre o Estado Islâmico e o exército sírio na última semana. Oficiais da igreja identificaram que 93 mulheres, 51 crianças e 98 homens foram levados cativos.
Depois de dois meses de negociações por meio de intermediários locais, a igreja tenta conseguir a libertação dos reféns. De acordo com o arcebispo australiano Mar Meelis da Igreja Assíria do Oriente, que falou com a revista Newsweek no dia 1 de maio, os jihadistas exigem um resgate de US$ 23 milhões, ou de US$ 100.000 por pessoa, para libertar os seus prisioneiros. Os militantes supostamente descrevem o resgate como o jizya - um pagamento exigido pela lei islâmica para os não-muçulmanos que se recusam a se converter ao Islã.
Em resposta, um líder de igreja assíria contou que "este é um valor que vai além da capacidade de uma igreja e uma comunidade pequenas como a nossa. Estes prisioneiros são pessoas pobres que dependiam de sua baixa renda como agricultores". Segundo ele, quando a igreja fez uma contraproposta, "uma quantidade razoável de que as famílias podem pagar", ela foi rejeitada, deixando um impasse nas negociações.
"Sim, este homem chamado Sargon tornou-se um muçulmano por algumas horas para salvar sua vida e ser libertado", disse um padre assírio ao World Watch Monitor. "Ele agora está de volta a Qamishli, e seu comportamento está sendo discutido."
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