Já se passaram mais de cinco semanas desde um acordo para restaurar o abastecimento de água potável firmado com caciques de Chiapas, mas até agora os cristãos de Los Pozos dependem de poços distantes para beber, cozinhar e se lavar.
No dia 23 de abril um acordo firmado com os caciques políticos de Los Pozos, pequena cidade mexicana que fica a 29 quilômetros de San Cristóbal de Las Casas, interrompeu a ameaça de expulsão a 65 cristãos e estipulou o restabelecimento das linhas de água e eletricidade que foram cortadas das casas onde moram famílias cristãs desde o dia 30 de janeiro.
O pastor evangélico e advogado Esdras Alonso Gonzalez disse ao Compass que os protestantes estão contentes pelo fato de os caciques tradicionalmente católicos pararem de forçar os membros da Igreja Asas de Águia a participarem de festas em homenagens a santos, mas lembrou que o abastecimento de água até hoje não foi restaurado.
Qualquer um aqui na municipalidade está respeitando o acordo, exceto no fornecimento de água, o que é horrível, disse Esdras Alonso. Não sabemos quando vão restabelecer a água, nossos irmãos não conseguem obter informações confiáveis.
Oficiais do Estado de Chiapas quebraram o acordo feito com os evangélicos e católicos tradicionalistas de Los Pozos. Esdras disse que os oficiais são os responsáveis em garantir que os termos do acordo sejam cumpridos.
Ao ser informado de que o fornecimento de água não foi restabelecido, o secretário de governo de Chiapas, Jorge Antonio Morales Messner, disse ao Compass, por meio de um assistente, que estava cuidando do problema.
Manuel Alvarez Martinez, presidente da municipalidade de Huixtan, da qual pertence Los Pozos, evitou falar sobre o assunto.
Viagem em busca de água
Maria Elena Gomez Ton, 27 anos, mãe de quatro filhos, disse que tem andado mais de 16 quilômetros, três vezes por dia, em busca de água. Carmela Santis Lopez, de 38 anos, uma tzotzil residente em Los Pozos, disse que seus filhos ficaram doentes por não beberem água potável.
Oficiais de Los Pozos fizeram um acordo verbal prometendo religar o abastecimento de água no dia 28 de fevereiro.
Nós sofremos todos os meses, estamos bebendo água suja, disse Carmela. Não estamos fazendo nada errado, estamos sofrendo só por aceitarmos Jesus e sermos evangélicos, disse.
Antes disso, os caciques de Los Pozos tinham proibido a visita de cristãos de outras localidades. Eles chegaram a invadir os cultos da Igreja Asas de Águia, interrogaram os visitantes e os ameaçaram. Alonso disse que essa perturbação só parou com o acordo firmado em 23 de abril.
Apesar dos irmãos não terem água, eles estão felizes porque não estão mais sofrendo intervenções nos cultos.
O acordo firmado com as autoridades previa o restabelecimento do fornecimento de lenha, além de comida e fertilizantes distribuídos pelo governo federal que estavam sendo desviados dos cristãos mayas tzotzil.
Reynaldo Gomez Ton, pastor da Asas de Águia, disse que os caciques locais acusaram falsamente os cristãos.O que realmente preocupa é que eles negaram que nós tivéssemos contribuído com os fundos comunitários, o que não é verdade, disse. Nós contribuímos com os fundos comunitários, mas não com o festival de 12 de dezembro dedicado à virgem de Guadalupe. Em duas ou três ocasiões, se nós estivéssemos tomando um copo de café com um visitante cristão de fora em nossas casas, eles chegavam e o retiravam de casa dizendo: de onde ele veio?.
A assinatura do acordo feita por caciques, autoridades da municipalidade de Huixtan, evangélicos e oficiais do governo aconteceu nove dias depois de as autoridades destruírem uma igreja pentecostal em Ollas, que fica perto de San Juan Chamula em 14 de abril.
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