Medo do estabelecimento de um governo islâmico no Egito é real entre os cristãos do país que atualmente representam 10% da população
Faltando menos de um mês para as eleições presidenciais no Egito, há indícios preocupantes de que em vez de ser o primeiro passo para a democracia no país, e do estabelecimento de um pluralismo politico genuíno, o Egito pode estar sendo preparado para um governo islâmico comprometido com implementação da Lei Islâmica (Shariah).
Para os coptas cristãos que representam 10% da população, a possível vitória de Mohamed Morsi, um candidato apoiado pela Irmandade Muçulmana, trouxe à tona a preocupação do futuro das minorias religiosas não-muçulmanas caso o novo governo se preocupe na aplicação estrita da Shariah.
O candidato favorito à presidencia, Mohamed Morsi, que reintroduziu em sua propaganda politica o slogan da Irmandade Muçulmana “O Islã é a solução”, já havia no passado convocado um Conselho de estudiosos islâmicos para criar uma nova legislação que defendia a exclusão das mulheres e dos não-muçulmanos de cargos políticos.
Os cristãos do Egito durante muito tempo viveram com medo e sofreram muito perseguição. E com os recentes surtos de violência, muitos têm questionado os progressos realizados no país após a derrubada de Hosni Mubarak. Sob o governo anterior, os cristãos coptas tinham suas ações restringidas em quase todos os campos da sociedade, incluindo a negação de documentos de identidade, exclusão de cargos publicos e a proibidos de construir igrejas.
Agora, com a crescente liderança de partidos políticos islâmicos, os cristãos e muçulmanos liberais voltam suas atenções para o resultado das eleições.
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