De acordo com informações atuais do Vietnã, os legisladores estão finalizando a nova lei religiosa, e os cristãos já estão cientes de que a situação pode piorar ainda mais, em especial para as comunidades que estão no norte e centro do país. Segundo Mac*, um pastor da cidade de Hanoi: "Nas regiões sul e norte, as coisas são diferentes. O norte enfrenta uma perseguição muito mais forte. Aldeias em áreas rurais fazem suas próprias regras e forçam as pessoas a segui-las, mesmo que seja contra o resto do país".

Ele explica que nas províncias, as autoridades são obrigadas a comunicar ao governo central como os cristãos estão vivendo por lá. "O Cristianismo deve ser limitado na entrada da aldeia e dessa forma eles controlam o número de cristãos. Se eles não agirem dessa forma, o governo central recorre a medidas drásticas, como cortar a energia elétrica das aldeias onde os cristãos moram".

Os pastores contam que, no mês de março, na província de Son La, quatro crentes do norte, que estavam evangelizando, foram capturados pela polícia. Trung*, contou como aconteceu: "Eles foram pendurados de cabeça para baixo, e permaneceram assim durante cinco horas. Seus braços ficaram inchados. Se não agem dessa forma, eles espancam, muitas vezes sem motivo algum, simplesmente porque são cristãos".

Em outras situações, cristãos são impelidos a assinarem um documento negando a sua fé. Eles explicam que, caso não assinem, são obrigados a deixarem a aldeia. "Eu disse a eles que não vamos negar a nossa fé, então uma multidão incendiou nossas casas. Quando voltamos da delegacia, eu e meus amigos, com nossas famílias, tivemos que nos mudar dali. Vimos quando eles invadiram nossas fazendas, derrubaram nossos pés de café, entre outras árvores e mataram nossos animais. A polícia permaneceu parada, apenas observando. Fizemos uma petição ao governo provincial, reivindicando nossos bens, mas até hoje não tivemos nenhuma resposta", comenta Chang*. Apesar de tudo isso, os crentes do Vietnã ainda são acolhidos nos seminários e treinamentos para os perseguidos, e ainda recebem literatura cristã e ajuda prática.