Há três acontecimentos recentes que preocupam a política dos Estados Unidos, em relação à ex-União Soviética e ao Oriente Médio. O primeiro é o acordo nuclear com o Irã. Os EUA decidiram fazer uma aliança de paz com um de seus maiores inimigos do Oriente Médio, na tentativa de ganhar um aliado em sua luta contra o Estado Islâmico. Mas terá que garantir a Israel, seu aliado de longa data, que esse acordo com o Irã não vai significar problema algum para eles. O segundo acontecimento está relacionado à pressão que os americanos estão colocando sobre a Ucrânia, para que aceitem uma nova Constituição, que dará um estatuto especial para as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. Segundo a Fundação Jamestown, os EUA estão fechando um acordo com a Rússia, sobre as questões do Oriente Médio, e para isso estão sacrificando a Ucrânia. Essa situação tira todas as esperanças de ex-repúblicas soviéticas, como a Geórgia ou a Moldávia.
O terceiro acontecimento é o acordo que os EUA parecem ter feito com a Turquia, sobre o uso da base aérea Incirlik, no sul da Turquia. Os EUA pretendem conseguir uma distância mais curta para os ataques, a partir de porta-aviões, no Golfo Pérsico. Até agora, o governo turco se recusou a ceder à pressão americana e também se recusou a tomar medidas contra o Estado Islâmico (EI). Em julho, houve uma mudança, na ocasião dos ataques terroristas do EI e PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), a Turquia tomou medidas rápidas ao bombardear os redutos dos curdos, na Síria e no Iraque. O Instituto Pedral alertou para que todos mantessem os olhos abertos para o que realmente estava acontecendo na Turquia. Eles informaram que a Turquia ainda não estava determinada a lutar contra o EI e que, na verdade, estava usando o grupo terrorista para atacar os curdos.
Segundo analistas de perseguição da Portas Abertas, todos os três acontecimentos fazem parte de uma estratégia norte-americana única, que é isolar e atacar o Estado Islâmico. Isto está de acordo com uma recente declaração do FBI, que o Estado Islâmico é agora muito mais perigoso do que o Al-Qaeda. Na verdade, ele é um grande adversário e precisa de muito mais atenção. O Irã é totalmente antidemocrático e persegue os cristãos implacavelmente. O fato de que eles têm um acordo com os norte-americanos vai libertar o regime dos aiatolás, de suas dificuldades econômicas e poderão então seguir com sua agenda mais livremente.
"A Rússia também é antidemocrática e tem o objetivo de restaurar sua antiga posição de potência mundial (e inimiga dos EUA), a qualquer custo. Os russos estão claramente favorecendo a ortodoxia russa e demonstrando sua antipatia com os outros grupos cristãos. Já o regime da Turquia não é muito democrático, mas tem alguma simpatia pró-islâmica, o que aumenta a pressão sobre os cristãos de lá. O que mais preocupa sobre as estratégias mencionadas dos EUA, é que os princípios democráticos ou de liberdade de religião não são, obviamente, um fator determinante. A batalha dos EUA contra o EI não é espiritual, é apenas uma luta para defender os interesses econômicos.
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