Condenado a trabalhar de 12 a 15 horas diárias, Osman Imin, um cristão da etnia uigur, tem envelhecido drasticamente, e sua saúde se deteriorou devido às condições do campo de trabalho em que ele se encontra.
O Departamento de Segurança da cidade de Hetian, província de Xinjiang, sentenciou Osman a dois anos de reeducação por meio de trabalho por “revelar segredos do Estado" e por praticar “pregação ilegal”.
Acredita-se, porém, que sua detenção não tem a ver com “revelar segredos do Estado", mas com o fato de ele ser membro e líder da Igreja entre a etnia uigur.
Osman foi preso pela primeira vez em outubro de 2004. Ele foi vagamente acusado de “violação da lei”, de acordo com a China Aid Association (CAA).
Nesse período, ele foi acorrentado em uma cama de metal e espancado durante interrogatórios, disse uma fonte anônima à agência de notícias Compass.
Osman foi liberto sob pagamento de fiança em 18 de novembro de 2004, mas a fiança foi cancelada em outubro de 2006. Em julho de 2007, ele foi colocado sob prisão domiciliar. Por fim, em 19 de novembro de 2007, ele preso pelo polícia, por supostamente deixar vazar segredos de Estado.
As autoridades pediram de 10 a 15 anos de prisão. Entretanto, após a atenção que a mídia internacional deu ao caso, eles reduziram a pena para dois anos em trabalho de campo.
Quando o advogado de Osman, Liang Xiao apelou da sentença em junho deste ano, as autoridades do tribunal insistiram que a próxima audiência fosse fechada, uma vez que consideravam que o caso envolve informações confidenciais, relatou a CAA.
Elas recusaram o apelo sem explicar o motivo, e impediram Osman de ter acesso ao seu advogado, o que viola os procedimentos normais do tribunal.
O Compass também informou que as autoridades prenderam outro cristão uigur, trata-se de uma mulher do sul de Xinjiang. Investigações revelaram que ela e o marido foram presos sob acusação de roubo.
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