Conforme a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês), o Tribunal Popular do distrito de Hualong, província de Henan, revogou a sentença dada ao cristão Li Huimin no dia 13 de março de 2006. Huimin foi condenado ao campo de reeducação pelo trabalho.
Li Huimin, acusado de realizar "reuniões ilegais", teve sua sentença revogada. Essa é a primeira vez que um cristão na China ganhou tal processo.
Em 13 de março de 2006, Li Huimin e mais um grupo de cristãos realizaram um culto de Páscoa na casa de Ma Weqing, um cristão de 71 anos que mora no condado de Wen, na mesma província. A maioria dos participantes do culto era cristã. Alguns vinham de condados próximos, como Lihuimin, para adorar a Deus com seus parentes. No final da reunião, o culto foi invadido pela polícia local. Muitos cristãos foram presos, incluindo Li Huimin.
Li Huimin é responsável por uma igreja doméstica no condado de Nanle. Ele foi levado primeiro ao Comitê de Segurança Pública do condado de Wen, onde foi coagido a admitir ser membro de uma seita. Li Huimin se recusou e foi cruelmente agredido.
Dois dias depois, Li Huimin foi escoltado ao condado de Nanle, onde ficou detido por mais 38 dias e foi mandado para o campo de reeducação pelo trabalho em 26 de abril de 2006, acusado de realizar uma "reunião ilegal".
Citação imprópria
Em 16 de maio de 2006, Li Huimin apelou ao governo popular de Puyang para uma revisão administrativa. O governo ignorou o apelo e manteve a sentença de reeducação pelo trabalho. Então Li Huimin abriu um processo no Tribunal Popular do distrito de Hualong, com a ajuda de um advogado.
Em 20 de agosto de 2006, o tribunal deu o veredicto na primeira sessão. Embora a celebração da Páscoa ainda seja considerada ilegal, a sentença ao campo de trabalho foi revogada por causa da citação imprópria dos artigos legais.
O pastor Bob Fu, presidente da CAA, disse que, embora esse seja o primeiro exemplo na China de um cristão que vence um processo, ainda é cedo para acreditar que seja um sinal de que o governo chinês está mudando sua política de liberdade religiosa. Isso porque, mesmo nesse caso, a reunião de cristãos ainda é considerada ilegal.
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