Jackson deixou a prisão com as palavras do promotor geral de Arua ressoando em seus ouvidos: “Homem de Deus, isto foi uma alegação religiosa. Não tema. Continue pregando ainda mais o nome de Jesus. Sua segurança virá de Deus, e nós também faremos o máximo para dar segurança para você.” As palavras deram a Jackson algum consolo.
Mas ao mesmo tempo, ele não podia esquecer as palavras que alguns extremistas muçulmanos falaram quando eles souberam de sua liberação: “Nós devíamos tê-lo matado quando encontramos com ele pela primeira vez em seu condomínio. Então teríamos tido sucesso.”
Jackson retornou para sua vila, sua esposa e seus dois filhos. No entanto, um líder leigo de Uganda testifica que para ele é difícil não ter medo de seus vizinhos, na maioria muçulmanos, que deixaram claro seu intento de feri-lo.
Tudo começou com um debate público em fevereiro deste ano, quando muçulmanos locais organizaram um debate e convidaram palestrantes cristãos para defenderem sua fé. “Normalmente, eles não nos dão muito tempo, e assim que nossos argumentos começam a ser convincentes, eles nos interrompem.” Apesar disso, alguns líderes cristãos vêem nisso uma oportunidade e participam sempre que são convidados.
“Em certo ponto, nós estávamos realmente os desafiando em sua fé e eles não conseguiam responder,” explicou Jackson. “Isto gerou alguma intranquilidade entre os presentes,” relembra Jackson.
Quando voltou para casa Jackson caiu numa cilada : Aberia, uma estudante da escola secundária e vizinha dele o chamou para casa e logo após ele entrar, um rapaz, Saddam, fechou a porta atrás de Jackson e o acusou de violentar a garota.
Mesmo com Aberia negando as acusações contra Jackson, Saddam insistiu que tanto o cristão quanto a garota deviam ser levados para a polícia. Na delegacia local, os dois ficaram detidos enquanto um caso de violação estava sendo aberto contra Jackson. No dia seguinte, o pai de Aberia chegou, e a levou ao hospital. O hospital não pode confirmar ou negar as alegações contra Jackson.
No dia seguinte, uma investigação policial foi feita contra o acusado, mas não puderam encontrar nenhum erro de Jackson. Tanto o hospital quanto o relatório policial foram submetidos ao Comissário de Polícia do Distrito (DPC). Baseado nos relatórios, o DPC anunciou sua intenção de liberar Jackson e Aberia. No entanto, muçulmanos do local pediram prisão perpétua. Em uma aparente tentativa de conter a situação, o DPC enviou o caso para o distrito de Arua, no noroeste de Uganda.
Jackson foi transferido para uma cela na delegacia de polícia de Arua. No dia seguinte, o promotor do distrito o liberou com a garantia de que foi declarado inocente e o encorajamento de continuar a obra de Deus.
Jackson teme que os muçulmanos do local, enfurecidos pela sua liberação, tentem silenciá-lo de qualquer forma. Ele pediu os cristãos orarem por ele:
• Orem para que Jackson não ceda às pressões de seus parentes e pare seu ministério.
• Ore para que ele tenha sabedoria para viver para Deus no meio destes desafios.
• Ore também para que ele não seja tomado por um espírito de medo.
• Ore para que os cristãos de Uganda sejamos capazes de usar todas as oportunidades que Deus der para falar dEle.
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