
No último sábado, muçulmanos invadiram a residência de uma família cristã copta e raptaram sua filha de 18 anos, de acordo com a agência de notícias Assyria International (AINA, sigla em inglês).
Nesma Sarwat é filha do empresário responsável pela controversa construção da Igreja de St. Mary e St. Michael, no bairro de Talbiya , na terceira maior cidade do Egito, Giza.
Os extremistas invadiram a casa da família para raptar Sarwat e escreveram ameaças na parede, que diziam: “O islã é a solução,” “a Igreja tem que ser demolida” e os nomes dos demais membros da família.
As forças de segurança foram chamadas à casa depois do incidente da invasão de domicílio e sequestro. Sangue foi encontrado nas escadas e no apartamento.
No Egito, é ilegal construir ou até mesmo reparar instalações da Igreja sem uma autorização especial do governo. A construção de um novo prédio requer permissão de um governador local e das forças de segurança.
Um processo burocrático confuso para reparos e construção pode levar anos antes que haja uma resposta e, na maioria das vezes, ela é “não.” Mesmo quando os coptas recebem permissão dos oficiais do governo para construir ou reparar uma Igreja, às vezes essas permissões não são reconhecidas pelos oficiais de segurança locais.
A regra que requer uma licença para construir ou reformar Igrejas é uma das maiores reclamações que os cristãos egípcios têm feito contra o governo, acusado de mostrar favoritismo aos muçulmanos. Os seguidores do islã podem construir ou reparar mesquitas livremente, sem ter que obter permissões.
Em novembro passado, as Igrejas St. Mary e St. Michael foram manchetes, quando centenas de seguranças e cristãos entraram em confronto pela construção inacabada da Igreja. Os cristãos coptas protestavam contra o encerramento da Igreja.
O conflito resultou em centenas de feridos, na prisão de 176 coptas e na morte de três cristãos egípcios, de acordo com a AINA. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas reais contra os protestantes coptas no confronto de 24 de novembro.
“O governador de Giza deu instruções para modificar o local de cultos para o prédio da Igreja, mas uma decisão do chefe do Distrito para travar a construção e remover as irregularidades não agradou o povo,” explicou um representante da diocese da Igreja de Giza, depois do conflito.
Durante os recentes protestos contra o governo, os membros da Igreja de St. Mary e St. Michael promoveram vigílias no prédio da Igreja para guardá-la. A Igreja já estava fechada desde 24 de novembro. No início, nenhum guarda de segurança interferiu, mas dia 6 de fevereiro alguns seguranças voltaram e expulsaram todos os que realizavam as reuniões de oração.
O rapto da filha do empresário que constrói a Igreja é o mais recente incidente contra a existência e a construção das Igrejas de St. Mary e St. Michael.
Existem cerca de 2.000 Igrejas no Egito, que constituem cerca de 2% de todas as casas de culto no país. Os cristãos, porém, representam entre 8 e 12% da população do país. As duas porcentagens mostram o número desproporcional de casas de culto para os cristãos no Egito.
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