A Comissão Nacional de Justiça e Paz descobriu que os manuais escolares paquistaneses estão cheios de material que incite o ódio e a intolerância contra os não-muçulmanos, incluindo os cristãos.
"Isso não é apenas sobre as minorias religiosas, mas uma questão nacional", disse Shane Chaudhry, diretor executivo da comissão para a AsiaNews. "É uma bandeira vermelha para o governo, que deve ajudar a Igreja a proteger as minorias e defender o país."
O grupo de direitos humanos divulgou um relatório de 40 páginas, que analisou o material escolar aprovado pelo Estado em quatro províncias do Paquistão, e concluiu que as crianças estão sendo ensinadas ao fanatismo religioso e extremismo.
A comissão também alegou que os manuais escolares omitem fatos históricos, numa tentativa de incentivar percepção negativa dos não-muçulmanos. Mohammad Tahseen, diretor fundador da “South Asia Partnership Pakistan” (Parceria entra Paquistão e Ásia do Sul), disse que o relatório precisa ser compartilhado por toda parte.
"Isso é mais do que um esforço acadêmico. As referências citadas sobre o material são normais para muitos parlamentares. Estamos produzindo combatentes muçulmanos porque estamos fazendo referência a armas e guerreiros em vez de poetas", disse Tahseen.
No início deste ano, a Associação de Professores e Minorias do Paquistão escreveu uma carta ao Presidente do Supremo Tribunal do Paquistão para que ele olhasse a vitimização de estudantes não-muçulmanos e cristãos no Paquistão.
A carta revelou que alguns estudantes cristãos foram forçados a recitar uma oração islâmica com o objetivo de abandonar sua religião anterior e abraçar o Islã. "As instituições de ensino do setor público no Paquistão estão tentando converter as religiões de todos os alunos não-muçulmanos paquistaneses, porque se tornaram centros religiosos da religião dominante do Paquistão", escreveu na carta.
"Eles não estão dispostos a aceitar a identidade religiosa dos alunos não-muçulmanos a qualquer custo. Eles são obrigados a estudar crenças islâmicas e práticas nas disciplinas de línguas, ciências sociais e estudos islâmicos da educação escolar ao ensino superior."
A Comissão dos Estados Unidos sobre a Liberdade Religiosa também advertiu que os manuais do Paquistão impactam negativamente mais de 41 milhões de crianças.
"Livros didáticos nas escolas públicas do Paquistão apresenta um material profundamente preocupante, que retrata cidadãos não-muçulmanos como estranhos, antipatrióticos e inferiores; estão cheios de erros", escreveu Robert P. George, ex-presidente da Comissão de Liberdade Religiosa dos EUA, em abril.
Os cristãos também têm enfrentado ataques regulares, incluindo espancamentos e sequestros em 2016, de acordo com o relatório. Em julho, o pai de uma menina cristã paquistanesa de 16 anos, quefoi abusada sexualmente por invasores muçulmanos em Sheikhupura, Punjab, disse que ele não encontra nenhuma esperança no sistema legal da nação. O pai, Nasar Masih, disse que ele não "tem muita esperança na justiça".
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