O missionário australiano John Short, 75 anos, foi libertado pelas autoridades norte-coreanas na última segunda-feira, 03 de março, após o religioso ter assinado um documento de confissão e pedido de desculpas por evangelizar no país.
Short desembarcou em Pyongyang no mês passado, e foi preso no dia 16 de fevereiro, dia do aniversário do ditador Kim Jong Il, após distribuir panfletos evangelísticos.
Para ser solto, o missionário assinou um documento no qual se retratava por sua atividade missionária: “Eu peço sinceras desculpas pela minha iniciativa de espalhar meus folhetos bíblicos em 16 de fevereiro o aniversário de sua Excelência Kim Jong Il”, dizia o documento de confissão, divulgado pela mídia estatal da Coreia do Norte.
Em outro trecho do documento, o missionário diz que a impressão que se tem do país é errada: “Eu percebo que a mídia dos EUA e os países ocidentais que dizem que a Coreia do Norte é o país fechado e não tem liberdade religiosa é impreciso e errado”, escreveu Short. A emissora KCNA divulgou uma foto do missionário e as páginas da carta escritas à mão, marcadas com suas digitais em tinta vermelha.
As autoridades norte-coreanas disseram que aceitaram deportar o missionário após o pedido de desculpas por conta de sua idade avançada. Ao desembarcar em Pequim, China (foto), o missionário optou por não dar declarações a respeito do episódio, e seguiu para a embaixada australiana na cidade.
A esposa de Short, Karen, concedeu entrevista à Reuters em Hong Kong e disse que apoiava a iniciativa missionária do marido: “Ele fez o que ele fez, porque isso é o que ele acreditava que deveria fazer. Outras pessoas fazem outras escolhas de vida, somos todos livres para escolher”.
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