A mesma disposição que Sara Winter demonstrava quando era militante do Femen, ela agora apresenta como alguém dedicada a desconstruir a áurea que paira sobre o movimento feminista no Brasil. Convertida ao Evangelho, a ex-ativista afirmou que o grupo é “o mais intolerante” com quem já teve contato.
Sara se arrependeu das ações extremistas protagonizadas por ela quando, grávida, resolveu levar a gestação adiante. Nesse momento, passou a ser questionada dentro do movimento, e percebeu as distorções que regem o atual movimento feminista.
“Esse é o movimento mais intolerante que eu já conheci na vida. Ele só dá suporte para mulheres que seguirem uma cartilha específica: tem que ser de esquerda, não pode ser cristã, não pode ser heterossexual e tem que começar a desconstruir a sua estética. Se a mulher alisa o cabelo, se pinta, usa salto alto, tem que parar”, revelou Sara, em entrevista concedida ao portal G1.
De acordo com a, agora, opositora ao feminismo, a interferência do movimento na vida das mulheres é ampla e irrestrita: “Muitas vezes tem que deixar os pêlos crescerem. Algumas mulheres se sentem confortáveis assim, outras não. Mas se você fizer, vai ter mais voz dentro do movimento. Então eles desconstroem a sua estética, a sua crença, a sua orientação sexual, o seu posicionamento político”, pontuou.
Sara define o feminismo no Brasil pode com termos contundentes: “ódio, histeria, mentira e sedução”. E explica: “Ódio porque não existe tolerância com ninguém que não concorde 100% com as pautas. Histeria porque em todo e qualquer ato que a gente vê estão cada vez mais desrespeitosos, estão pichando igrejas, quebrando santos, fazendo coisas de extremo mau gosto. Mentira porque ilude as meninas mais jovens falando que o feminismo é algo legal e revolucionário. E sedução porque tem essa ideia de que o feminismo vai te ajudar, mas quando chega lá não é nada disso”, contextualizou.
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