Os líderes religiosos continuam relatando abusos de autoridade por parte da polícia, apesar do governo alegar que as restrições têm diminuído em relação às práticas religiosas e de terem liberado seis dos nove prisioneiros religiosos no país em meados deste mês. Embora as multas não sejam conhecidas e muito menos classificada uma alíquota desde abril, o Forum18 ficou sabendo que batidas policiais intermitentes, ameaças e pressões para conversões forçadas para com as minorias religiosas, ainda continuam.
Vários líderes religiosos disseram ao Forum18 de que eles foram intimidados por oficiais de seis departamentos da polícia, que rastreiam terrorismo e crime organizado, e solicitou informação completa em todas as atividades e planos da comunidade. Os oficiais também estão exigindo uma lista completa de membros e de seus endereços, bem como o nome de cada um que mora no mesmo prédio. A atividade religiosa não registrada continua sendo considerada ilegal.
Alguns dos quatro líderes religiosos conhecidos pelo Forum18 que foram intimidados pelo sexto departamento em Ashgabad, no início desse mês, recusaram ir enquanto que outros foram, mas recusaram a escrever uma declaração sobre suas atividades ou apresentar uma lista de membros para a polícia. Um dos que foram intimidados disse ao Forum18 que as exigências dos oficiais deram indícios de que a polícia pretende continuar fechando o cerco em relação às atividades religiosas, especialmente para as comunidades que obtiveram o registro oficial junto ao governo.
O abuso mais sério já registrado aconteceu em maio, quando a polícia secreta, e oficiais da polícia, ameaçaram membros de uma igreja evangélica em Dashoguz, nordeste do país. A polícia e os oficiais da polícia secreta detiveram os evangélicos e os ameaçaram, disse ao Forum18 um evangélico que preferiu não ser identificado. Isso aconteceu várias vezes em maio. Um outro evangélico também registrou outro abuso em outras cidades, incluindo a cidade de Tedjen, sul do país. Em outras localidades a situação é relativamente normal.
As testemunhas de Jeová relatam que a última vez que um de seus membros foram demitidos de seus empregos pelo fato de fazerem parte dessa religião foi em março. Em abril, uma testemunha de Jeová foi multada em uma quantia enorme em Turkmenbad. Mas um idoso em Ashgabad, que preferiu não ser identificado, disse ao Forum18, no dia 25 de junho, que sua comunidade ainda não está autorizada a se reunir com uma quantidade grande de pessoas sem sofrer abuso.
A polícia visitou uma residência de uma testemunha de Jeová no dia oito de junho, enquanto que no dia dez de junho, cinco oficiais da administração local fizeram uma batida em Ashgabad na residência de uma mulher. Eles a trataram como se ela fosse uma criminosa, reclamou esse idoso. Eles também aproveitaram para confiscar Bíblias.
Esse mesmo idoso diz que a comunidade não pode recorrer de registro enquanto tais abusos continuarem. Nós podemos recorrer quando alguns de nossos irmãos na fé ainda continuam presos? Não iremos entrar com pedido para registro até que nossa comunidade possa atuar de maneira livre, disse ao Forum18 essa mesma pessoa. Afinal de contas, do que vale o registro?.
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