O advogado Klauber Cristofen Pires escreveu um artigo falando sobre o ultimato recebido pela psicóloga evangélica Marisa Lobo para que ela não expressasse mais sua fé na internet. No texto o advogado afirma que o Conselho Federal de Psicologia estaria, nesse caso, cometendo crimes de prevaricação, imoralidade pública e falsidade ideológica.
Pires começa seu texto criticando as organizações profissionais, que, segundo ele, “obtiveram o status de autarquias competentes para legislar sem representatividade popular e à revelia da Constituição”. O advogado acusa ainda essas instituições de “promover o mais jurássico corporativismo e a mais descarada transformação ideológica da sociedade, via filtragem seletiva e/ou legislação administrativa”.
Antes de falar diretamente do caso da psicóloga, Pires comenta sobre a OAB, afirmando que a prova imposta pela entidade aos recém-formados impede a atividade de muitos “bacharéis a quem o Ministério da Educação, isto é, o estado brasileiro, tem fornecido diplomas que atestam sua a conclusão do curso e consequentemente, a capacidade para o exercício de suas atividades”. Como exemplo da atuação das entidades de classe, Pires destaca o caso de Marisa Lobo e a reação que o caso tem causado na bancada evangélica.
Segundo Pires, o Conselho de Psicologia estaria exercendo “protagonismo ideológico” por ter à sua disposição a “prerrogativa de manipulação da consciência humana”.
Criticando uma nota do Conselho Federal de Psicologia sobre “Psicologia e religiosidade no exercício profissional” o advogado falou da laicidade do estado afirmando que “o laicismo se resume ao estado, ficando a sociedade à vontade para fazer uso do direito de associação, de modo que os crentes se unam em torno da construção de instituições segundo a concepção de mundo e de sua fé”. Ele lembrou ainda que tais organizações religiosas são responsáveis por instituições de abrigo e de cuidados de pessoas especiais, de creches, escolas e hospitais, muitas das quais são reconhecidas como as melhores do país.
O advogado falou ainda da liberdade de escolha do paciente em ser tratado ou não por um profissional religioso e concluiu dizendo que o “Conselho Federal de Psicologia usurpa os direitos políticos dos seus associados”.
Pires finalizou se texto rogando a “Deputados e Senadores, especialmente os evangélicos, católicos e da oposição, bem como ao Ministério Público Federal, para que representem contra o Conselho Federal de Psicologia e seus atuais mandatários sob a acusação de prevaricação, falsidade ideológica e abuso de poder”.
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