Na quarta-feira, 12 de agosto, as autoridades decidiram o seguinte no caso de Acteal: a liberação dos prisioneiros se dá porque não houve um processo justo para eles, e todos os seus direitos civis, outorgados pela constituição dos Estados Unidos foram violados.
O tribunal anunciou que a decisão levou em conta o fato de que as sentenças iniciais foram baseadas em evidências ilegais e em falsos testemunhos, inventados pelo promotor público mexicano. Os depoimentos entre as testemunhas, além de conflitantes, eram falsos. O tribunal também encontrou irregularidades nos procedimentos. Alguns dos índios tzotzil, que não falam espanhol, não receberam um intérprete quando acusados e condenados, e outros disseram que eles fizeram listas com os nomes dos responsáveis pelos crimes, incluindo seus endereços, uma tarefa impossível para aqueles que não falam espanhol. Em outros casos, os juízes incluíram acusações que nunca foram apresentadas pelo promotor.
Os 20 cristãos que foram soltos saíram da prisão de Amate na madrugada do dia 13 de agosto, por questões de segurança e pelo bem do processo em andamento. Em acordo com o governo do Estado, eles se hospedaram em dois hotéis diferentes. Quando os ex-prisioneiros viram seus advogados, os abraçaram, e houve lágrimas e sorrisos, e muita gratidão pelo esforço investido nos casos e pelas orações realizadas por irmãos e irmãs em todo o mundo. Eles também demonstraram sua gratidão à Portas Abertas, pelo apoio dado nos últimos oito anos através das orações, treinamentos e medicamentos, que sustentaram os prisioneiros durante os tempos difíceis.
Ainda no dia 13 de agosto, foi realizada uma reunião para decidir a situação dos cristãos soltos, e após muitas horas de negociação, eles chegaram a um acordo:
• Os que foram soltos não podem retornar a sua comunidade de origem, pela segurança deles e pela paz na comunidade. Isso irá contribuir para o processo legal daqueles que continuam presos.
• O governo concordou em apoiar os que foram soltos, para que eles possam voltar à vida normal, já que perderam tudo. Para aqueles que querem trabalhar como fazendeiros, o governo disponibilizará a terra.
• Essa realocação será permanente, ao menos que haja evidências claras de que o retorno para a comunidade de origem dos prisioneiros não causará nenhuma violência.
Alonso López Entzin, um dos ex-prisioneiros, agradeceu a Portas Abertas por seu apoio incondicional e presença. Ele diz: “Obrigado por todo o apoio que vocês nos deram. Às vezes, na prisão, sentimos que estávamos sozinhos, mas agora podemos ver o quanto vocês trabalharam em nosso favor. Envie saudações nossas para todos aqueles que oraram por nós”.
Tanto ele quanto Tomas Pérez Méndez, 60, contaram que, na prisão, disseram a Deus que se fossem soltos dedicariam sua vida para pregar o evangelho e fazer discípulos.
Os nomes dos cristãos que foram soltos são: Tomas Pérez Méndez, Lorenzo Ruiz Vázquez, Agustín Ruiz Vázquez, Víctor López López, Pedro Girón Méndez, Alonso López Arias, Andres Méndez Vázquez, Alonso López Entzin, Bartolo Pérez Diaz, Miguel Luna Pérez, Armando Guzman Luna, Elías Luna Pérez, Antonio Ruiz Pérez, Antonio Gutiérrez Santiz, Agustín Gómez Pérez, Antonio Pérez Ruiz, Antonio Pucuj Luna, Mariano Pucuj Luna, Florentino Pérez Jiménez, Sebastián Méndez Arias.
O tribunal decidiu reavaliar os casos de outros 33 prisioneiros nos próximos meses. Tudo indica que a decisão também será favorável, e eles serão soltos.
Continue a orar para que a resolução desse último grupo aconteça nos próximos meses, e para que os outros prisioneiros sejam soltos. Ore também pelo restabelecimento de nossos irmãos na sociedade, e pelo seu futuro, para que muitas almas recebam o Senhor Jesus pelo testemunho dado por eles.
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