Terminou na sexta-feira (18), em Madri, na Espanha, a Conferência Mundial para o Diálogo Inter-religioso promovida pelo rei da Arábia Saudita, Abdallah Bin Abdulaziz Al Saud.
Cerca de 300 expoentes religiosos provenientes do cristianismo, judaísmo, islamismo, entre outras religiões, participaram do encontro e elaboraram um documento final. Nele, eles afirmam que o diálogo inter-religioso é essencial para o futuro do mundo e que é oportuno que encontros como esse se realizem periodicamente.
No documento, que foi também enviado às Nações Unidas, os participantes criticam os teóricos do confronto de civilizações e as tentativas de alimentar as divergências entre culturas diferentes que impedem a realização da paz e da coexistência pacífica.
A conferência recebeu a adesão da Santa Sé, por meio do presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Jean-Louis Tauran, e do Grão Rabinato de Israel.
Convite à ONU
Os participantes convidam a ONU a apoiar tal documento a fim de promover o diálogo e o conhecimento recíproco entre os expoentes de várias religiões, civilizações e culturas através da criação de uma sessão dedicada ao diálogo.
Além disso, a declaração afirma que o terrorismo é um dos principais obstáculos ao diálogo e à convivência. Os participantes do congresso concordaram com a idéia de que é preciso criar um grupo de especialistas que se encarregue de analisar os problemas que impedem o diálogo e indicar caminhos para solucioná-los.
O cardeal Tauran partilhou com os presentes suas considerações e reiterou que a liberdade religiosa possibilita aos fiéis participar ativamente no diálogo público mediante responsabilidades sociais, políticas e culturais.
Ele afirmou ainda que é preciso promover o conhecimento recíproco, encorajar o estudo das religiões de maneira objetiva e formar as pessoas ao diálogo inter-religioso.
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