Há 25 anos, o presidente Enver Hoxha, e também primeiro chefe do governo comunista da Albânia, havia declarado a abolição da fé cristã, instituindo o primeiro Estado ateu do mundo. Esse ano, o atual presidente, Bujar Nishani, recepcionou em seu palácio oficial, cerca de 145 líderes de igrejas globais para uma conferência que abordou questões de discriminação, perseguição e martírios enfrentados por milhões de cristãos ao redor do mundo.
É a primeira vez na história moderna do cristianismo, que uma reunião dessa dimensão acontece. Os líderes eram representantes das várias tradições da igreja, desde a ortodoxa e católica até a protestante, evangélica e pentecostal. Eles argumentaram que mesmo em períodos onde o cristianismo foi tido como ‘morto’, ele na verdade não parou de crescer e deram como exemplo a Síria, o Iraque e a Nigéria.
Segundo eles, a perseguição e martírio contra os cristãos e minorias étnicas se dá através de uma complexa variedade de fatores, em diferentes realidades e contextos. “O século 21 está repleto de histórias de fieis que pagaram com a vida por sua dedicação a Cristo e muitos que sofrem torturas e são fortemente discriminados”, disse um dos líderes. De acordo com a imprensa, um dos objetivos do presidente, era tomar conhecimento das causas de tanta violência e também de destruição por parte do Estado Islâmico.
Embora a conferência tenha causado um certo impacto nos participantes, sabe-se que a maior motivação de Nishani é política e que não há interesse religioso algum. Uma das conclusões mostrou que os meios de comunicação estão informando corretamente e com imparcialidade sobre as violações da liberdade religiosa, incluindo a discriminação e perseguição aos cristãos. Mas a conclusão é refutada pela maioria dos cristãos que acompanham as notícias e que observam que a mídia além de ser omissa, também é, de certa forma, controlada.
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