Sob o contexto do crescimento evangélico no Brasil e do surgimento das mais diversas linhas doutrinárias, o pastor Júlio Fonseca, da Igreja de Deus, em Goiás, publicou um artigo intitulado “Como escolher uma igreja evangélica para congregar?”.
Em seu artigo, Fonseca protesta contra os ditados que supostamente refletiriam a realidade de todos os evangélicos no Brasil, e afirma que é um erro achar que todos são iguais: “O Brasil é grande demais: O povo cristão convive a centenas de ministérios diferentes, que vão de pequenas a grandes diferenças. Então não tem como colocar todos num mesmo cesto e dizer eis aqui os evangélicos do Brasil”, pontua.
O pastor entende que é necessário cuidado para escolher uma congregação: “Não basta dizer que é evangélica. Você precisa saber sobre o estatuto da igreja. Algumas igrejas não deveriam ser consideradas evangélicas, pois no seu estatuto, diz que há um dono da igreja, ou seja, todo patrimônio de uma igreja na verdade é incorporado ao seu proprietário”.
O segundo ponto levantado por Fonseca refere-se à mensagem pregada pela igreja, que deve ser cristocêntrica: “O foco da Igreja deve ser Deus, e Jesus é o caminho. Igreja que prega bênçãos pessoais mais do que a graça de Deus, não tem fieis mais contribuintes”.
É necessário, segundo o pastor, observar se os líderes da denominação não estão buscando créditos de milagres que só podem ser operados por Deus: “Homem nenhum nasceu com poder ou privilégios especiais, mais Deus usa quem ele quer, quando ele quer, e da forma que ele escolher. Só ele é o autor do sobrenatural, e o vaso usado por ele deve fazer-se um servo e jamais cobrar qualquer coisa por uma graça”, define Júlio Fonseca.
A escolha por uma congregação deveria ser feita, de acordo com o pastor, a partir de critérios bem específicos: “O princípio da fé deve ser sempre utilizado para escolher uma igreja”, delimita Fonseca, que expõe seu critério pessoal: “Para mim a melhor igreja é aquela que você se identifica em relação a usos e costumes, consegue se expressar em seu meio, e que acredita no Pastor que dirige o trabalho evangelístico”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Como escolher uma igreja evangélica para congregar?”, do pastor Júlio Fonseca:
Há um crescimento significativo no número de fieis no meio evangélico, e esse aumento traz junto uma notoriedade nunca antes vista sobre os cristãos em nossos pais, “enquanto éramos uma maioria de católicos estava tudo na santa paz”. Mais com o despertar do protestantismo, surge uma gama enorme de problemas no meio evangélico.
Não é de hoje que temos que lidar com a acusação de que “pastor só está interessado no dinheiro dos fiéis”. “Esses crentes fazem lavagem cerebral no povo”. “A teologia da prosperidade é a nova onda de evangelismo”. Em 1º lugar eu devo dizer que não se deve julgar todo o povo evangélico por causa de Pastores televisivos. Em 2º Lugar dizer: Eles não representam a essência do Cristianismo. Em 3º Lugar, sou Pastor mais não comum a mesma sede por dinheiro, estatos e poder de tais Pastores. 4º Embora esse evangelismo esteja na mídia ela não é a única forma de evangelismo.
O Brasil é grande demais: O povo cristão convive a centenas de ministérios diferentes, que vão de pequenas a grandes diferenças. Então não tem como colocar todos num mesmo cesto e dizer eis aqui os evangélicos do Brasil. Independente de qual seja a congregação o fiel tem sempre ou quase sempre o mesmo foco. Servir a Deus, e Jesus Cristo é o caminho que conduz a Cristo. Mais devido a tantas congregações eu terei aqui a ousadia de abrir os olhos daqueles que desejam servir a Cristo e somente a ele. Então vamos ao Título da matéria. Como escolher uma igreja evangélica para congregar?
Não basta dizer que é evangélica. Você precisa saber sobre o estatuto da igreja. Algumas igrejas não deveriam ser consideradas evangélicas, pois no seu estatuto, diz que há um dono da igreja, ou seja, todo patrimônio de uma igreja na verdade é incorporado ao seu proprietário. Ou seja, todas as suas ofertas e dízimos pertencem ao homem e não ao corpo de cristo. Se no estatuto rege a cláusula dizendo que no caso da dissolução da igreja, todos os bens passam a pertencer ao fulando de tal. Então sai desta igreja, pois igreja descente tem seu patrimônio doado em caso de dissolução.
O foco da Igreja deve ser Deus, e Jesus é o caminho. Igreja que prega bênçãos pessoais mais do que a graça de Deus, não tem fieis mais contribuintes.
Igreja que fala mais do capeta do que de Deus, diz fazer milagres mais não dá a Deus à autoria do mesmo, mais usurpa a gloria de Deus dizendo, veja este homem tem poder. Isso é anátema, saia fora. Homem nenhum nasceu com poder ou privilégios especiais, mais Deus usa quem ele quer, quando ele quer, e da forma que ele escolher. Só ele é o autor do sobrenatural, e o vaso usado por ele deve fazer-se um servo e jamais cobrar qualquer coisa por uma graça.
Pastores chorões que pedem dinheiro sem parar, pastores que fazem do púlpito um palco para suas apresentações mirabolantes, Pastores teatrais, Pastores que não tem uma vida de santidade, esse tipo de pessoas não podem representar a essência do evangelho de Cristo por isso sai fora desta igreja.
Igrejas do Oba Oba, ou seja, são legalista demais ou rigorosas ao extremos, não representam a essência do Cristianismo. Veja estes dois versículos: (Mateus 5:28) – Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. (as igrejas legalistas são liberais demais e Jesus corrige e disciplina). (João 8:36) – Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (as igrejas tidas como rigorosas ao extremo não dão liberdade de escolha para seus membros, Pastores se tornam ditadores, e Jesus nos libertou não para sermos escravos da religião, mais para segui-lo de coração).
Não julgue a igreja pelo líder da igreja. A igreja é mais do que um homem, você pode até se assustar com o que vou dizer, mais há igrejas cujo líder maior do ministério prega a teoria da prosperidade, porém algumas das igrejas desse ministério simplesmente pregam o desprendimento material, ou seja, eles andam na contramão da liderança, mais as igrejas têm suas particularidades. Por isso mais uma vez digo: não dá para rotular a igreja antes de conhecer a fundo seu funcionamento. Então a questão não é simplesmente o ministério mais escolher uma igreja em particular.
O princípio da fé deve ser sempre utilizado para escolher uma igreja, para mim a melhor igreja é aquela que você se identifica em relação a usos e costumes, consegue se expressar em seu meio, e que acredita no Pastor que dirige o trabalho evangelístico. Então use sua fé e ore pedindo a Deus que te revele em qual igreja você deve membrar.
Experimente antes de se envolver, ou seja, antes de congregar você deve visitar e participar dos cultos durante um período, depois você deve assumir sua posição de membro e realizar sua membresia, às vezes você muda de uma igreja para outra e pensa que todas as igrejas daquele ministério são iguais, mais no convívio você vê que tem igrejas de outros ministérios mais parecidas com sua igreja antiga do que a do seu próprio ministério lembre-se você serve a Deus e não a ministério.
Para se tornar membro é necessário ser submisso a doutrina do ministério e da igreja, então procure saber se você consegue se adequar as normas preestabelecidas, lembre-se a rebeldia é pecado, então é você quem deve se moldar a igreja e não a igreja que deve se moldar a você.
Dízimo é obrigação, oferta é voluntária que você dá quando puder, como quiser e se assim desejar, igreja que constrange membro a dar ofertas, ou contribuir além do dízimo é anátema , saia fora essa igreja é na verdade um caça níquel de cristão.
Que Deus te abençoe e te dê discernimento para escolher.
Em Cristo.
Pastor Júlio Fonseca
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