A cidade de 15 mil habitantes, localizada no centro do Mali, foi tomada há algumas semanas por combatentes aliados à Al-Qaeda. O país foi colonizado anos atrás pela França que, nas últimas semanas, tem agido fortemente contra os militantes islâmicos, intervindo militarmente no conflito.
Foi somente após intensos bombardeios e o avanço de viaturas blindadas francesas que os combatentes abandonaram Diabaly, na sexta-feira (18). O Exército do Mali reocupou a cidade na tarde de domingo (20). Durante o período em que os extremistas estiveram no poder, os cerca de 500 cristãos da cidade fugiram para aldeias e fazendas vizinhas. Na volta para casa, encontraram igrejas e casas destruídas.
Entrevistado pelo Estadão, o barqueiro Oussouman Barro declarou: "Ninguém aqui está de acordo com a sharia". De acordo com o website Público,"além de Diabaly, o contingente enviado pela França avançou também sobre as cidades de Niono e Sevaré, também na faixa central." Em Paris, o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian garantiu que a ofensiva prosseguiria até à rendição total dos combatentes rebeldes. "O nosso objetivo é a reconquista total do Mali, não toleraremos nenhum foco de resistência", ressaltou.
A crise humanitária no Mali agravou-se com o fechamento da fronteira da Argélia, que forçou os refugiados a escaparem para o deserto. Na semana passada, o caso da ocupação de um complexo de exploração de gás na Argélia por combatentes islâmicos tomou conta do noticiário. Os rebeldes invadiram a refinaria de Amenas fazendo diversos trabalhadores reféns, em retaliação à autorização do governo argelino para que soldados franceses utilizassem o seu espaço aéreo para bombardear o Mali. Após um cerco militar, 48 reféns, entre argelinos e estrangeiros, foram mortos; além de 29 militantes. Entre os militantes islâmicos responsáveis pelo ataque, estão um canadense, egípcios, tunisianos e 32 malineses.
Segundo a reportagem consultada no jornal O Estado de S.Paulo, "a população do Mali é 90% muçulmana e 1% cristã, enquanto os outros 9% seguem as religiões africanas tradicionais". Cidadãos malineses afirmaram, porém, que antes do golpe militar de março de 2012, as religiões conviviam bem entre si. No entanto, desde o início do ano passado, militantes islâmicos tomaram algumas cidades do país com o objetivo de atingir a capital Bamako e, então, instaurar a sharia (lei islâmica) em todo o território do Estado. A legislação do Norte do país já é controlada por extremistas islâmicos.
Na última semana, 400 soldados da Nigéria, Togo e Benin aterraram no Mali. Ore pela segurança dos cristãos em todo o país, principalmente nesses dias de mais tensão, e peça ao Senhor para que a paz seja restabelecida. O Mali, que em anos anteriores não apareceu na Classificação de países por perseguição (WWL), em 2013 ocupa a 7ª posição.
Redação: Ana Luíza Vastag
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