O cientista Adauto Lourenço ministrou uma palestra sobre criacionismo, no auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde ocorreu um debate sobre as duas conhecidas teorias a respeito da criação do mundo: criacionismo e evolucionismo.
Professor e cientista criacionista, Lourenço falou em sua palestra sobre o grande número de variáveis, perfeitamente balanceadas, que permitem a vida na Terra e levantou a questão: “Todos esses valores são apenas meras coincidências ou sinais de planejamento?”
Lourenço listou uma série de fatores que permitem a vida na terra, argumentando que eles são indícios da criação: “Se [a terra] fosse um pouco mais próxima do sol, a vida não existiria; um pouco mais distante do sol, a vida não existiria; girando um pouco mais rápido, a vida não existiria; girando um pouco mais devagar, a vida não existiria; se um pouco da proporção dos gases na atmosfera fosse mudada, a vida não existiria, e algumas poucas características dos solos fossem mudadas, a vida também não existiria. São vários fatores, praticamente todos eles, relacionados diretamente com a questão da existência da vida”, disse o cientista que conclui seu pensamento afirmando que “quando nós temos um número grande de coincidências, a probabilidade de elas terem ocorrido simultaneamente, por meio de processos naturais, é muito pequena”.
Outro argumento apontado por Lourenço são os estudos feitos pelo pesquisador norte-americano Dr. Russell Humphreys que resultaram em provas que contradizem a teoria do Big Bang, devido à forma que o universo parece estar se expandindo.
O professor Lourenço falou também da idade do planeta, que seria muito inferior aos 4,6 bilhões de anos defendidos pela teoria evolucionista. Ele usou o afastamento da Lua em relação à Terra para mostrar que se o planeta realmente tivesse a idade defendida pela teoria evolucionista a um bilhão de anos atrás a Lua estaria tão próxima da Terra que segundo o cientista “altura média da maré [nos oceanos] seria de 11.700 metros e a rotação da Terra há praticamente 1,2 bilhão de anos seria de 4h57 min. Vida não teria existido nessas condições”.
Outro ponto abordado na palestra foi o ensino da linha de pensamento criacionista nas escolas. Segundo ele avalia-se o criacionismo, baseando-se nas suas implicações religiosas e não pelas suas propostas científicas. “A parte religiosa não é testável. O criacionismo trabalha especificamente nesta questão: ‘É possível provar cientificamente que o mundo foi criado? Sim!’; ‘É possível provar cientificamente quem criou o mundo? Não!’ Portanto, dizer que o criacionismo está tentando provar que Deus criou o mundo, não é verdade”, atestou concluindo o que mais difícil para incutir o criacionismo nas escolas é “desassociar a ideia de que criacionismo é religião”.
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