CGADB coleta assinaturas para criar partido assembleiano
A ideia é juntar os parlamentares assembleianos na mesma legenda para direcionar as ações políticas
A Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) pretende criar o seu próprio partido. A ideia, segundo o coordenador do conselho político, pastor Lélis Marinho, é concentrar os políticos assembleianos na mesma sigla.
“Existe um pensamento em nos concentrarmos em um único partido, para que a nossa ação seja mais direcionada e eficaz. Como a lei eleitoral cria restrições para a migração de partido, as assinaturas para se criar uma nova sigla estão sendo providenciadas”, disse ele em entrevista ao jornal Valor.
Entre os deputados federais evangélicos, 22 deles são assembleianos, entre eles o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Paulo Freire (PR-SP) que é filho do líder da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Os deputados assembleianos estão divididos em 11 partidos, sete no PSC, três no PTB, dois no PR, dois no Pros, e um nas seguintes legendas: PMDB, PSB, PSDB, PDT, PRB e SD.
De forma inédita na política nacional há dois assembleianos concorrendo ao cargo de presidente do país: Marina Silva (PSB) que faz parte do Ministério Belém, e o Pastor Everaldo (PSC) membro do Ministério Madureira.
A CGADB está decidindo qual dos dois candidatos apoiar, apesar de ter Marina como evangelista da denominação, a Assembleia de Deus não fez com que ela assumisse nenhum compromisso com a igreja. “É uma possibilidade de diálogo com o governo dentro de outro ponto de vista, mas com ela ainda estamos estabelecendo um diálogo. É curioso, mas temos que buscar interlocução com uma de nossas seguidoras. Ela não assumiu compromissos”, disse Marinho.
O coordenador político da Convenção Geral escreveu o perfil dos quatro principais candidatos a presidente do Brasil no jornal “Mensageiro da Paz”. O artigo tinha como objetivo orientar o voto dos fiéis e combater a reeleição da presidente Dilma Rousseff mostrando as “terríveis propostas” do PT que vão contra a crença dos evangélicos.
Sobre Marina, o jornal pede cautela, pois entender que a candidata “tem trazido alegria por falar publicamente contra o preconceito aos evangélicos” e adverte que ela “muitas vezes é condescendente com grupos radicais de esquerda”.
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