Protesto "pacífico" é organizado por fiéis da Igreja Yasmin e da Igreja Filadélfia HKBP e por ativistas de direitos humanos e parlamentares na Indonésia. Os fiéis pediam a aplicação da lei sobre a proteção da liberdade religiosa no país. Os protestos tinham como alvo a apreensão e fechamento dos templos, pelas autoridades locais
Mais de 200 cristãos protestantes, pertencentes a duas diferentes comunidades que têm sido constantemente alvos de perseguição, se reuniram no domingo (15 de abril) em frente ao Palácio Presidencial, em Jakarta - a sede do governo - para protestar "pacificamente "contra a expropriação dos lugares de culto e buscar a aplicação das leis sobre a "liberdade religiosa".
Os fiéis denunciaram os abusos e violações que têm sofrido dos grupos radicais islâmicos, a manipulação das leis a favor dos muçulmanos e a inércia do Estado e suas instituições diante da questão. O protesto teve a presença de ativistas dos direitos humanos e de ONGs locais, preocupadas com a deterioração contínua da liberdade religiosa no país.
O protesto contou com a presença de fiéis da Igreja Yasmin GKI (YC), de Bogor, Java Ocidental, e dos cristãos da Igreja Filadelfia (HKBP), de Bekasi, também em Java Ocidental. Durante três anos os fiéis da YC foram proibidos de cultuar a Deus no templo da igreja, fechado sob as ordens das autoridades locais e do prefeito Diani Budiarto, que alegou irregularidades no IBM, documento que aprova a construção de prédios religiosos na Indonésia. A mesma situação se aplica aos fiéis da Igreja Filadelfia, que durante anos lutaram em vão para recuperar seu templo.
Os cristãos receberam o total apoio do presidente do Conselho Mundial de Igrejas, reverendo SAE Nabadan, e a solidariedade de Eva Sundari, um parlamentar indonésio, figuras proeminentes na luta pela defesa dos direitos humanos no país.
No entanto, nenhuma posição significativa foi tomada pelo Presidente Yudhoyono, que meses atrás havia afirmado que não poderia "interferir" nos "assuntos internos" de Bogor. Uma posição criticada por ativistas, que afirmam que o chefe de Estado tem medo de ir contra assuntos que interessam à marioria islâmica e dessa forma perder votos e apoio politico.
A Igreja Yasmin, uma igreja protestante, é vítima de uma aparente violação da lei e da liberdade religiosa perpetrada pelo prefeito local, Diani Budiarto que, contrariando os ditames de uma decisão do tribunal constitucional em favor dos cristãos, baniu todas as celebrações religiosas na região. O edifício foi construído dentro dos critérios estabelecidos pela lei e tem a licença de construção (IBM). Em outubro passado, o prefeito implantou “medidas de segurança” contra os cristãos, impedido-os de usar seus templos e de orar em público.
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