O padre católico Robert Krzywicki deixou Belarus em 27 de dezembro de 2005, para voltar à sua terra natal, Polônia, depois de trabalhar como padre na idade de Borisov, ao nordeste da capital Minsk, por 12 anos. Junto com outro padre católico, ele recebeu ordens em meados de dezembro para deixar Belarus até o fim de 2005, depois que as autoridades se negaram a renovar seu visto. Seus paroquianos iniciaram uma campanha nacional contra a expulsão. Os que apoiaram o padre Robert se reuniram com flores e presentes nos degraus da igreja onde ele servia, para se despedirem.
Segundo notícias veiculadas na internet, até o dia de sua saída, mais de mil assinaturas foram recolhidas em um pedido às autoridades, para que elas mudassem de idéia e deixassem que o padre ficasse. Não foi dada nenhuma razão para que o visto fosse negado. Robert também não recebeu nenhuma explicação e disse para a agência de notícias Forum 18: "Eu não cometi nenhum crime.
Enquanto isso, os membros Conselho de Igrejas Batistas disseram ao Forum 18 que a pressão começou para hostilizar suas congregações em Belarus. No leste do país, a congregação de Bobruisk, protestou contra a campanha oficial de multas e hostilidade conduzida contra a congregação e uma de suas famílias.
No oeste de Belarus, a pressão começou há seis meses sobre um membro de uma pequena igreja disse à agência de notícias. Acontecem coisas em todos os lugares. Não sabemos por que elas pioram, mas não cremos que a pressão tenha terminado. Membros das igrejas apelaram às autoridades em Brest e na capital Minsk contra as violações aos seus direitos.
O pastor Valeri Ryzhuk, líder do Conselho de Igrejas Batistas, de uma congregação na cidade de Drogichin, em Brest, concorda. Desde o verão passado a pressão - incluindo alertas, ameaças e multas - aumentou, ele disse. Segundo ele, as autoridades ainda tentam forçá-los a se registrar, "mas isso é contrário à Bíblia e às nossas consciências." O registro representa, nas palavras do pastor, uma interferência na vida da igreja e uma violação dos direitos humanos. "Quando a lei de Deus e a secular divergem, temos que seguir a lei de Deus. O pastor diz que ele e seus colegas sempre se recusam a pagar as multas impostas por atividades religiosas, já que eles não são culpados de nenhum crime. As congregações do Conselho se recusam a se registrar.
Mas o pastor Valeri insiste que ele e seus companheiros batistas são cidadãos leais. Oramos pelas autoridades de nossa pátria", ele disse ao Forum 18. Apenas queremos louvar a Deus de acordo com nossos princípios.
Membros do Conselho escreveram que a perseguição de cristãos está aumentando no país. Eles estão sendo acusados de quebrar a Lei de Liberdade de Consciência e de Organizações Religiosas, que limita a liberdade de pregar o Evangelho e de viver segundo a Palavra de Deus.
A Igreja Malorita reclamou de ordens "de cima", que proíbem as igrejas de se encontrar em casas particulares. Ela citou a intimação do pastor Vladimir Burshtyn, em 1º de dezembro, para ir à delegacia local, onde uma declaração o acusava de liderar uma congregação não-registrada. Em 13 de dezembro, uma comissão administrativa o multou, sob o Artigo 193 do código administrativo.
Quando o pastor Valeri foi multado, em 9 de junho de 2005, por liderar um culto não-registrado, ele se recusou a pagar a multa, considerando que ele não havia feito nada de errado. Ele contou que dois executores da corte o visitaram em 2 de dezembro e levaram um aquecedor a óleo que valia mais que o dobro da multa.
As autoridades na região de Brest se mostraram preocupadas com sua falha em reprimir a atividade religiosa não-autorizada. Um relatório de 18 de janeiro de 2005 mostra que o representante de assuntos religiosos Vasili Marchenko, encarregado da situação religiosa da região em 2004, mostrou de forma clara que ele e os outros funcionários não foram eficazes o suficiente para interromper cultos e, de outras formas, hostilizar, multar e controlar as comunidades religiosas e seus fiéis.
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