Mais de 300 pessoas morreram em confrontos entre Muçulmanos e Cristãos na pior violência sectária na Nigéria desde 2004, quando cerca de 700 pessoas foram mortas.
Multidões iradas queimaram casas, igrejas e mesquitas no Sábado, no estado central do Planalto, no segundo dia de tumultos, de acordo com a Associated Press. Embora a violência tenha começado inicialmente após a eleição como um confronto entre apoiantes dos dois principais partidos políticos da região, cedo se dividiu em linhas étnicas e religiosas.
A tensão começou quando trabalhadores eleitorais não afixaram os resultados nos centros eleitorais, levando muitos habitantes locais a assumirem que as eleições iriam ser mais um fraude político.
Depois dos motins eclodirem, foi declarado um recolher obrigatório e o governador do estado do Planalto ordenou as tropas para disparar à vista para impor o recolher obrigatório em bairros afectados pela violência, de acordo com a Reuters.
Cerca de 7000 pessoas em zonas de conflito deixaram as suas casas e estão procurando refúgio em edifícios públicos e centros religiosos, relatou a Cruz Vermelha.
A violência sectária não é novidade no estado do Planalto, com mais de 1,000 pessoas mortas em Jos – a capital do estado – em Setembro de 2001 devido à hostilidade entre Cristãos e Muçulmanos.
A violência sectária deste fim-de-semana foi o pior conflito nesta nação da África Ocidental desde 2004, quando cerca de 700 pessoas morreram no Planalto e mais de 100 igrejas foram destruídas. A violência de 2004 foi alegadamente desencadeada por disputas de terras entre membros da tribo Tarok predominantemente Cristã, e os agricultores Muçulmanos Hausa-Fulani.
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