“A Bahia não merece isso”. Com essa frase, o ex-governador do estado, Jaques Vagner (PT), afirmou que a candidatura do evangélico Irmão Lázaro ao Senado não deveria prosperar, por conta de seu apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSL), que lidera as pesquisas de intenção de voto.
Irmão Lázaro (PSC), integrante da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, decidiu concorrer a uma das duas vagas de seu estado no Senado. As pesquisas locais o apontam em segundo lugar, atrás justamente de Wagner.
Como é apoiador de Jair Bolsonaro, o candidato ao Senado entrou no radar do petista, que teria pedido aos marqueteiros de sua campanha que alavancassem a candidatura de seu aliado, Angelo Coronel (PSD), segundo informações do portal A Tribuna.
Portais de todo o Brasil reproduziram a fala de Jaques Wagner, com a conotação de que a declaração foi feita em relação à fé evangélica de Irmão Lázaro. O presidente do PSC no estado, Heber Santana, rebateu a declaração do adversário dizendo que “é Wagner que não merece votos dos evangélicos”, e acrescentou que “precisamos no Senado é de pessoas honestas e de conduta sem máculas, como Lázaro”.
Posteriormente, o próprio portal que publicou a informação originalmente corrigiu o contexto: “Ao contrário do publicado pela Tribuna, o ex-governador Jaques Wagner (PT) não disse que o deputado federal Irmão Lázaro (PSC) não deveria ser eleito ao Senado por ser evangélico, mas por defender a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República, projeto frontalmente contrário ao petista. O fato ainda tentou ser capitalizado pelo presidente do PSC na Bahia, Heber Santana, para tentar ajudar na candidatura de Lázaro, mas ele foi obrigado a se recuperar ao constatar que Wagner nunca deu a declaração. Portanto, o colunista responsável pela nota errou”, apontou o texto de errata.
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