Um requerimento que prevê urgência na votação do projeto que determina o fim dos 14º e 15º salários aos parlamentares brasileiros deverá ser votado hoje na Câmara dos Deputados.
O projeto, se aprovado, determinará o fim da ajuda de custo nos meses de janeiro e fevereiro. Cada deputado que aceita os salários extras pode receber até R$ 53,4 mil no período, fora os salários do mês vigente, que sem contar benefícios como planos de saúde, passagens aeres, verba de gabinete (telefone, correspondências, transporte, entre outros) é de R$ 26.723,13.
No Twitter, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) manifestou-se favorável ao fim dos benefícios: “Hoje votaremos o fim dos privilégios parlamentares apelidados de “13o. e 14o. Salários” o que na verdade é uma ajuda de custo. O PPS e o PSC se uniram, assinaram em conjunto o requerimento de votação pra hoje. Queremos a extinção deste privilégio pelo bem do Brasil!”, disse Feliciano.
O pastor ainda abordou outros temas que envolvem a política: “Esse ano teremos outras votações importantes como por exemplo a Reforma Política. E esta precisa urgentemente ser votada. O gasto com as duas ultimas eleições, 2010 e 2012 foram de 2,9 bilhões de reais! A Reforma prevê a unificação das eleições. Também prevê o Financiamento Publico, o Sistema de eleição pelo modelo belga e a abertura na janela para que políticos mudem de partido”, resumiu Marco Feliciano, que justificou a necessidade das reformas: “Os três poderes, em especial o Parlamento busca desesperadamente a confiança do quarto poder, o povo. A constituição diz que o poder emana do povo!”, observou.
Entretanto, apesar de sua manifestação favorável à aprovação do projeto, Marco Feliciano não está na lista de 29 parlamentares que abriram mão de receber os ganhos extras, de acordo com informações do jornal Piauí Hoje.
Dos mais de 70 integrantes da Frente Parlamentar Evangélica (conheça todos aqui), apenas quatro parlamentares abdicaram de receber 14º e 15º salários: Fernando Francischini (PSDB-PR), Laercio Oliveira (PR-SE), Ronaldo Fonseca (PR-DF) e o presidente da bancada evangélica deputado João Campos (PSDB-GO).
Aprovada pelo Senado em maio último, a proposta pelo fim da ajuda de custo aguarda para ser votada na Câmara dos Deputados há quase um ano. O projeto ficou parado na Comissão de Finanças da Câmara, segundo informações do G1.
A votação só será possível devido a um acordo entre o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e os demais líderes das bancadas partidárias. Durante a reunião, segundo o jornalista Lauro Jardim da Veja, o deputado evangélico Anthony Garotinho (PR-RJ), primeiro vice-presidente da bancada evangélica, sugeriu que para a votação acontecer nesta quarta-feira os parlamentares também votariam um PEC que aumenta os salários dos parlamentares para R$28 mil, igualando ao dos ministros de STF. Segundo Alves, não está previsto nenhuma medida para compensar financeiramente a extinção dos salários extras: “Não [há chance de a Câmara criar compensações para o fim do 14º e do 15º]. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, pontuou.
Confira a lista com todos os deputados federais que negaram receber o 14º e 15º salários (em negrito estão os evangélicos):
Afonso Florence
Alexandre Roso
Augusto Carvalho
Beto Albuquerque
Bohn Gass
Carlaile Pedrosa
Carlos Sampaio
Erika Kokay
Eros Biondini
Fabio Trad
Fernando Francischini
Francisco Araujo
Francisco Praciano
Henrique Oliveira
Izalci
Janete Capiberibe
João Campos
Laercio Oliveira
Lincoln Portela
Luiz Pitiman
Magela
Policarpo
Regufe
Ronaldo Fonseca
Rubens Bueno
Ruy Carneiro
Sergio Zveiter
Severino Ninho
Walter Feldman
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