Ok
Notícias

Quer ganhar 1 curso de teologia grátis?
Então me chame no Whatsapp

Caetano Veloso critica Marco Feliciano e diz que é "difícil admitir um homem irado" na presidência da Comissão de Direitos Humanos

A onda ininterrupta de protestos contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) ganhou recentemente a adesão de artistas que discordam da ocupação do cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) pelo pastor.

Agora quem critica a escolha de Feliciano para o cargo é Caetano Veloso, um dos mais respeitados artistas da MPB e que atuou contra a ditadura militar nos anos 1970 e 1980.

Em seu artigo “Um pouco de sensatez”, publicado no site do jornal O Globo, Veloso critica a fala do pastor a respeito da maldição sobre os descendentes de Noé que povoaram o continente africano.

“Bem, a maldição dos que, miticamente, foram popular a África já foi usada antes pelos racistas de vários lugares para justificar a escravidão. Feliciano a usa, sem cuidado, para explicar Idi Amin, a Aids, as faminas etc. Uma autoridade responsável por uma comissão de direitos humanos não pode basear suas falas e atitudes em dogmas religiosos. Menos ainda se ele demonstra simplismo grosseiro na interpretação destes”, criticou o artista.

Caetano Veloso afirma que alguém que discorda das práticas de um dos grupos que são atendidos pela CDHM não pode gerenciar essa comissão: “É difícil admitir que presida uma comissão que supostamente protege as minorias um homem que grita, irado, que se os homossexuais querem fazer ‘suas porcarias’, que as façam escondidos dentro de seus quartos, em suas casas, nunca se beijando em locais onde suas filhas possam ver ‘dois homens barbados, de pernas raspadas, aos beijos’”, escreveu o cantor.

Veloso ainda diz que os homossexuais não são os únicos vitimados pelo preconceito social, e admite que existe intolerância contra evangélicos: “Sim, sem dúvida há. Vejo em filmes e piadas de TV, em conversas e em textos publicados, intolerância contra a vitalidade com que as igrejas neopentecostais se impõem no Brasil. A hipocrisia dos pregadores, a ganância de dinheiro, enfim, tudo o que se pode apontar em toda organização religiosa é quase sempre o aspecto ressaltado. Mas eu nunca me identifiquei com essa atitude. Vejo o crescimento das igrejas evangélicas como uma forma de progresso no nosso caminho para onde devemos ir. Não admiti nunca as campanhas anticandomblé que elas alardeavam. Mas isso serenou”, ponderou.

Está gostando desse conteúdo?

Cadastre seu email no campo abaixo para ser o primeiro a receber novas atualizações do site.

Fique atualizado! Cadastre para receber livros, CDs e revistas promocionais.

Confira abaixo, a íntegra do artigo de Caetano Veloso sobre a indicação de Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados:

Felizmente a ministra Marta Suplicy recuou da decisão de incluir as TVs a cabo no rol dos produtores de cultura beneficiados por mecanismos do ministério. O artigo de Cacá Diegeues na semana passada deixava claro o absurdo que seria a aplicação da nova norma. TVs a cabo fazem dinheiro grande, são dinheiro grande, e nem traduzem os títulos ingleses das séries, quase todas americanas, que apresentam. Um ministério que deseje incentivar a criação cultural no Brasil não tem por que incluí-las em seus programas de incentivo.

Será crível que Marco Feliciano tenha sido escolhido presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias? Na explicação que ele ofereceu aos fiéis da sua igreja, a África é citada várias vezes como “essse país”, o que mostra ignorância a respeito do assunto que tratou com tanta veemência. Nitidamente ele vê a África como um todo unitário. Bem, a maldição dos que, miticamente, foram popular a África já foi usada antes pelos racistas de vários lugares para justificar a escravidão. Feliciano a usa, sem cuidado, para explicar Idi Amin, a Aids, as faminas etc. Uma autoridade responsável por uma comissão de direitos humanos não pode basear suas falas e atitudes em dogmas religiosos. Menos ainda se ele demonstra simplismo grosseiro na interpretação destes.

É difícil admitir que presida uma comissão que supostamente protege as minorias um homem que grita, irado, que se os homossexuais querem fazer “suas porcarias”, que as façam escondidos dentro de seus quartos, em suas casas, nunca se beijando em locais onde suas filhas possam ver “dois homens barbados, de pernas raspadas, aos beijos”. O pleito de casamento gay é um pleito de minoria representada que deve ser estudado por comissões parlamentares que tratem do assunto com calma, lucidez e isenção. Você pode seguir uma fé que determina que os atos homoafetivos são pecado (na verdade, são O PECADÃO, como observou alguém que meditou sobre o assunto, já que é um pecado que, dentre todos, costumava despertar a ira até dos incréus, sendo incomparável com o falso testemunho, a gula ou mesmo a atividade sexual livre entre pessoas de sexos opostos), mas essa maldição religiosa lançada sobre um tema não pode entrar aos berros num grêmio de legisladores que deveria acompanhar o movimento da sociedade auscultando suas forças e tendências. Há religiosos e ateus que odeiam atos homoafetivos e consideram os africanos uns amaldiçoados, mas isso não representa o movimento da sociedade como um todo. As pesquisas na maioria dos países do Ocidente (inclusive o Brasil) não dizem isso. E, mais importante, para além do aspecto democrático dessas auscultações, há de haver princípios de direitos inegociáveis, como é o direito de igualdade de respeito e de oportunidades. É simplesmente grotesco que um religioso que fala em tom tão fanático se eleja presidente de uma comissão que deveria proteger os que têm carência de respeitabilidade e de oportunidades.

Espero que a menção feita por Marina Silva, a quem tanto admiro, à troca “de um preconceito pelo outro”, no caso da discussão sobre a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, não signifique que opor-se à escolha de Feliciano, nos termos em que o faço, é uma mera troca de preconceitos. Contra quê, aliás, seriam os preconceitos de quem discute a escolha? Contra evangélicos? Contra pastores? Contra religiosos em geral? Sim, sem dúvida há. Vejo em filmes e piadas de TV, em conversas e em textos publicados, intolerância contra a vitalidade com que as igrejas neopentecostais se impõem no Brasil. A hipocrisia dos pregadores, a ganância de dinheiro, enfim, tudo o que se pode apontar em toda organização religiosa é quase sempre o aspecto ressaltado. Mas eu nunca me identifiquei com essa atitude. Vejo o crescimento das igrejas evangélicas como uma forma de progresso no nosso caminho para onde devemos ir. Não admiti nunca as campanhas anticandomblé que elas alardeavam. Mas isso serenou. Religião é assunto imenso. Leio Mangabeira. Penso. Acompanho pessoas íntimas que são profundamente religiosas. Umas católicas, outras evangélicas e ainda outras espíritas ou candomblezeiras. Eu próprio não sigo religião. Mas, mesmo que seguisse, teria de entender que Comissão de Direitos Humanos deve tratar dos temas pertinentes de modo não sectário.

Será que o Brasil, além do mini-PIB, terá que passar agora por papagaiadas como essas? São muitas maluquices que podem atrasar nossa caminhada. Ao contrário do que diz Feliciano, o continente africano está se erguendo. O Brasil, tão cheio de promessas desde sempre, será que vai ficar entalado?

Pelo menos Marta viu a luz.

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/caetano-veloso-critica-marco-feliciano-dificil-homem-irado-51468.html


Qual sua opinião sobre esta noticia?
Deixe seu Comentário abaixo:
(*)Campos obrigatórios, e-mail e telefone não serão publicados)
Notícias de Líderes
Pastor Samuel Camara
Bispa Lucia Rodovalho
Missionário RR Soares
Pastora Helena Tannure
Pastor Aluizio Silva
Pastor Márcio Valadão
Pastor Benny Hinn
Pastor Adão Santos
Apóstolo César Augusto
Pastor Billy Graham
Pastor Samuel Ferreira
Pastor Reuel Pereira Feitosa
Missionário David Miranda
Apóstolo Agenor Duque
Pastor Geziel Gomes
Pastora Joyce Meyer
Pastor Marco Feliciano
Pastor Julio Ribeiro
Pastor Abílio Santana
Pastora Sarah Sheeva
Pastor Josué Gonçalves
Pastor Claudio Duarte
Pastor Gilvan Rodrigues
Pastor Elson de Assis
Pastor Carvalho Junior
Pastor José Wellington Bezerra da Costa
Pastor Oseias Gomes
Apóstolo Estevam Hernandes
Pastor Lucinho
Bispo Rodovalho
Bispa Sonia Hernandes
Bispa Ingrid Duque
Pastor Jorge Linhares
Pastor Hidekazu Takayama
Pastor Gilmar Santos
Pastor Samuel Mariano
Bispa Cléo Ribeiro Rossafa
Pastor Yossef Akiva
Apóstolo Valdemiro Santiago
Apóstolo Renê Terra Nova

O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.

Notícias de Cantores
Cantora Nivea Soares
Cantora Ludmila Ferber
Cantora Andrea Fontes
Cantora Lea Mendonça
Cantora Rose Nascimento
Cantor Marquinhos Gomes
Cantora Lauriete
Cantora Damares
Cantor Mattos Nascimento
Cantor Davi Sacer
Cantora Cassiane
Cantora Fernanda Brum
Cantora Alda Célia
Cantor Irmão Lázaro
Cantora Ana Paula Valadão
Cantora Elaine de Jesus
Banda Oficina G3
Cantor Regis Danese
Cantora Mara Lima
Ministério Diante do Trono
Cantora Karen Martins
Voz da Verdade
Cantor Fernandinho
Cantora Aline Barros
Cantor André Valadão
Cantora Shirley Carvalhaes
Cantora Bruna Karla
Ministério Renascer Praise