Atos de violência tiveram início no dia 16 de junho entre aldeões hindus e católicos em uma pequena vila em Maharashtra, na Índia. O incidente aconteceu quando um membro da paróquia católica romana estapeou o filho de Anant Tari, um aldeão que pertence ao grupo extremista hindu Vishwa Hindu Parishad (VHP).
Simon Fernandes, um membro do conselho paroquial, disse a repórteres que ele batera no jovem hindu apenas depois de o jovem ter "abusado e ameaçado" um leigo católico por não permitir a ampliação do caminho em frente à igreja, para uso público.
Dois dias depois do ocorrido, um grupo de hindus comandou um ataque contra os membros da igreja católica. "Um grupo de vinte hindus me atacaram, acertando-me por inteiro e mordendo meus dedos até sangrarem", Fernandes disse. Quinze católicos, que vieram socorre-lo, também receberam pancadas.
Dois membros da paróquia São Pedro ainda se recuperam das fraturas ósseas. Falando de seu leito no hospital, Fernandes disse ter coberto sua cabeça com ambas as mãos em um vão esforço de proteger-se.
Policiais prenderam quinze pessoas depois da violência, dentre as quais, treze católicos. Os presos foram mantidos sob custódia da polícia por um dia e soltos, avisados para não causarem mais problemas.
Narayan Rane, primeiro ministro de Maharashtra, e agora líder da oposição na assembléia do estado, encabeçou uma reunião pedindo por paz, no dia 28 de junho. Ele disse que hindus e cristãos têm co-existido pacificamente na vila de Devbag por séculos. "Essa é a primeira vez em que surge um confronto entre eles e por um motivo tão insignificante", ele falou.
O padre Andrew de Mello, de uma paróquia vizinha, disse que fundamentalistas hindus têm usado a questão para "estimular tensão comunal, pela primeira vez, na vila".
Simon Fernandes falou que a retaliação foi "bem planejada", uma vez que ela aconteceu dois dias depois que o jovem hindu foi estapeado.
O clima na vila de Devbag permanece tenso. O superintendente da polícia, Santoshi Rastogi, informou que cinco policiais foram colocados na área da paróquia para prever problemas futuros.
Por seu lado, Anant Tari negou qualquer envolvimento com o VHP. "Não houve provocação ... estavam bravos e retaliaram", ele insistiu. Ele responsabilizou o padre da paróquia por não permitir a ampliação do caminho em frente à igreja, para uso público.
Todavia, líderes da igreja continuam céticos em relação ao VHP e à sua agenda pró-hindu. Dr. Jonh Dayal, secretário geral do Conselho Cristão da Índia, disse em um impresso, no dia 14 de junho, que o VHP anunciara planos de estabelecer-se em trinta mil vilas tribais até 2006 - um aumento em relação ao nível atual de dez mil vilas.
O VHP espera aumentar esse número em cem mil vilas, ou seja, um quarto de todas as vilas na Índia, até 2011.
"Uma grande quantia do capital do VHP vem de não-residentes indianos do Reino Unido, EUA e de outros países, bem como de organizações oficiais, governamentais e de igrejas, que acreditam que o dinheiro será usado em programas para o bem-estar de viúvas e crianças órfãs", acrescentou Dayal.
O novo governo do primeiro ministro Manmohan Sinhgha anunciou planos para investigar a origem do capital do VHP e uma organização parceira, o Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS). Reportagens recentes acusam ambas as organizações de levantarem fundos, sob falso pretexto, no Reino Unido e nos EUA.
O VHP foi fundado na Índia em 1964 como um fórum para unir hindus em todo o mundo. O grupo foi, então, registrado como uma organização sem fins lucrativos e isenta de taxas nos EUA, em 1970, de acordo com a Regulação de Serviços de Rendimentos Internos 501 - (C) - (3). A central está em Nova Iorque, com um adicional de quarenta filiais pelo mundo.
O VHP é também registrado como uma organização filantrópica sem fins lucrativos no Reino Unido.
Por enquanto, o Partido Bharatiya Janata (BJP), íntimo aliado do VHP, está fazendo todos os esforços possíveis para preparar-se para as eleições da assembléia em setembro de 2004, apesar de ter perdido nas eleições gerais de abril e maio de 2004.
O ramo de direita do BJP já legisla os estados governamentais de Gujarat, Rajasthan, Madhya Pradesh, Chhattisgarh e Jharkhand. Exceto por Jharkhand, o BJP goza de uma estabilidade de quatro anos nesses estados centrais indianos.
Em seu conclave nacional, realizado em Mumbai (Bombaim), de 22 a 24 de junho, o BJP dedicou-se novamente ao Hindutva, a agenda nacionalista hindu. Alguns membros afirmam que o BJP perdeu as eleições gerais por ter diluído o centro de sua ideologia Hindutva.
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