A barbárie perpetrada pelo Estado Islâmico contra cristãos e divulgada em vídeo no último final de semana foi duramente criticada pelo governo brasileiro, que finalmente se colocou em posição de repúdio às ações terroristas.
O Estado Islâmico decapitou um grupo de cristãos numa praia e executou a tiros outro grupo, numa área desértica, e divulgou as mortes em vídeo.
A nota oficial divulgada na última segunda-feira, 20 de abril, pelo Ministério das Relações Exteriores aponta que o Brasil condena ferrenhamente a “intolerância religiosa” e “terrorismo” praticado pelo Estado Islâmico.
“O atroz assassinato de cidadãos egípcios cristãos na Líbia, externado ao público ontem (19), e o ataque terrorista no sábado (18) em Jalalabad, no Afeganistão, que redundou em dezenas de mortes, indicam total falta de respeito aos básicos direitos humanos e são afrontas nas quais a comunidade internacional não pode se calar”, diz trecho do documento.
Até a divulgação da nota, o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, não havia se posicionado sobre a perseguição religiosa e o terrorismo praticado pelo Estado Islâmico, mantendo o governo brasileiro alheio ao drama de milhões de pessoas em países como o Iraque e a Síria, por exemplo.
A posição oficial do governo brasileiro mais comentada na comunidade internacional até então era o posicionamento de Dilma Rousseff (PT) durante discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), quando a presidente defendeu o “diálogo” com os líderes do Estado Islâmico e virou motivo de chacota na imprensa brasileira.
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