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Blogueira compara "reteté" a rituais de umbanda e candomblé: "Espírito Santo não precisa ser invocado"; Leia na íntegra

No meio pentecostal há uma prática comum popularmente chamada de “reteté”, que é vista por muitos fiéis pertencentes a denominações que se enquadram nessa linha litúrgica como evidência da manifestação divina.

A conselheira de casais e blogueira Dani Marques publicou um artigo em que o reteté é comparado aos rituais de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, por exemplo.

A comparação se dá pelo fato de haverem, em algumas situações, rituais que muito se assemelham aos das religiões mencionadas. Em seu texto, Dani faz uma breve introdução sobre o assunto, antes de discorrer sobre a comparação e criticar tais práticas.

-As manisfestações do Espírito precisam obrigatoriamente vir acompanhadas de “reteté”? Bom, já tive as minhas experiências sobrenaturais, mas acho preocupante a maneira como muitos cristãos lidam com essa questão. Alguns são tão dependentes das chamadas “manifestações do Espírito”, que chegam a acreditar que Deus não esteve presente ou não agiu quando elas não acontecem. Desculpe, mas tenho que dizer que isso não condiz com a Palavra. A maior evidência de que um indivíduo está cheio do Espírito, é quando manifesta em sua vida o caráter de Cristo e não quando sapateia, dança, grita e rodopia. A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e não é privilégio de alguns, mas de todos os que creram e receberam Jesus em suas vidas, diz a Palavra. O Espírito Santo habita em nós 24 horas por dia e 7 dias por semana, e não precisa ser invocado para se manifestar. O mover e as manifestações acontecem à todo momento na vida da pessoa que caminha em verdadeira comunhão com Deus – conceitua a blogueira.

Por testemunhar pessoalmente, segundo o texto, cultos em que o “reteté” pautou a ordem litúrgica, Dani condena os excessos que muitas vezes acontecem em igrejas evangélicas pentecostais: “Já presenciei manifestações no meio evangélico semelhantes às reuniões de umbanda e candomblé, repletas de rituais, invocações, frases prontas, mantras, danças e movimentos que mais se assemelham a incorporações. Cheguei a ouvir uma pessoa dizendo: ‘Tô vendo aqui na igreja a mesma coisa que via lá no espiritismo’”, relata a blogueira, que completa citando outras práticas estranhas ao Novo Testamento: “Sem contar as ‘bizarrices’ que encontramos por aí: paletó que derruba gente, fogueira santa, bota de cobra piton para pisar no diabo, mão gigante para ser tocada, anjos massageadores, unção do leão, do pião e por aí vai… Para essas pessoas, a fé pura e simples não é suficiente, por isso constroem seus próprios ‘bezerros de ouro’. Elas precisam tocar, sentir e ver! Esquecem que a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”, observa, fazendo referência ao “cair no espírito”, outro fenômeno pentecostal contemporâneo.

Citando a carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, Dani Marques ressalta que os efeitos da Palavra de Deus são outros: “O andar no Espírito está muito longe disso: ‘Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei… Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito’. Gálatas 5:22-25”.

Entretanto, Dani Marques pondera que as manifestações do Espírito Santo são livres e independentes de explicações racionais: “Como disse anteriormente, sei que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, pode se manifestar de formas que pareçam estranhas aos olhos humanos, eu creio!”, diz, antes de voltar a frisar que existem excessos: “A questão aqui é outra. Estou falando de pessoas dependentes dessas manifestações: ‘Se não houve ‘reteté’ é porque o Espírito não agiu!’, ‘Se não orou em línguas é porque não foi batizado’ […] Gente, desculpe a minha sinceridade, mas pra mim isso não passa de idolatria ao ‘mover’, e não tem absolutamente nada a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus”.

-Vamos fazer um pequeno teste: imagine se você tivesse que passar o resto da vida sem presenciar ou sentir uma manifestação sobrenatural de Deus, se sentiria completo? Cheio do Espírito? Se a sua reposta for ‘não’ ou ‘talvez’, é bom começar a se preocupar – desafia a blogueira.

O texto ainda parafraseia um conceito pregado pelo reverendo Caio Fábio a respeito de eventuais causas dos fenômenos “reteté” e “cair no espírito”, que ocorrem nos cultos pentecostais.

-Caio Fábio disse acertadamente: “O justo vive pela fé, não por emoções e sensações. As emoções podem ser desastrosas quando tomam o comando da vida. Por trás de todas as maluquices da religião, há pessoas emocionalmente desequilibradas, e que confundem suas emoções com a vontade de Deus ou manifestações do Espírito. Para essas pessoas, o Espírito Santo é concedido pelo esforço humano, pela sua concentração emocional e pela sua aflição desejosa de Deus, e mais, tem que haver línguas e sinais externos de natureza sobrenatural, pois, para ele, o fruto do Espírito e a presença do Espírito não é amor, alegria, paz, bondade, benignidade, mansidão e domínio próprio, mas sim euforia descontrolada, embriagues dos sentidos, profecias nervosas e muita santaradice…

Confira a íntegra do artigo “Reteté: A Macumba Pentecostal”, de Dani Marques, publicado originalmente no Genizah:

As manisfestações do Espírito precisam obrigatoriamente vir acompanhadas de “reteté”? Bom, já tive as minhas experiências sobrenaturais, mas acho preocupante a maneira como muitos cristãos lidam com essa questão. Alguns, são tão dependentes das chamadas “manifestações do Espírito”, que chegam a acreditar que Deus não esteve presente ou não agiu quando elas não acontecem. Desculpe, mas tenho que dizer que isso não condiz com a Palavra. A maior evidência de que um indivíduo está cheio do Espírito, é quando manifesta em sua vida o caráter de Cristo e não quando sapateia, dança, grita e rodopia. A plenitude do Espírito Santo é uma ordem de Deus e não é privilégio de alguns, mas de todos os que creram e receberam Jesus em suas vidas, diz a Palavra. O Espírito Santo habita em nós 24 horas por dia e 7 dias por semana, e não precisa ser invocado para se manifestar. O mover e as manifestações acontecem à todo momento na vida da pessoa que caminha em verdadeira comunhão com Deus.

Já presenciei manifestações no meio evangélico semelhantes à reuniões de umbanda e candomblé, repletas de rituais, invocações, frases prontas, mantras, danças e movimentos que mais se assemelham a incorporações. Cheguei a ouvir uma pessoa dizendo: “Tô vendo aqui na igreja a mesma coisa que via lá no espiritismo”. Esses rituais se repetem em cada “seção” ou reunião, seguidos das mais diversas manifestações. Sem contar as “bizarrices” que encontramos por aí: paletó que derruba gente, fogueira santa, bota de cobra piton para pisar no diabo, mão gigante para ser tocada, anjos massageadores, unção do leão, do pião e por aí vai… Para essas pessoas, a fé pura e simples não é suficiente, por isso constroem seus próprios “bezerros de ouro”. Elas precisam tocar, sentir e ver! Esquecem que a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos, e se sentem incompletas quando não acontece o sobrenatural de Deus. Mas Paulo nos lembra que o andar no Espírito está muito longe disso: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei…. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito”. Gálatas 5:22-25

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Como disse anteriormente, sei que o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, pode se manifestar de formas que pareçam estranhas aos olhos humanos, eu creio! Mas a questão aqui é outra. Estou falando de pessoas dependentes dessas manifestações: “Se não houve ‘reteté’ é porque o Espírito não agiu!”, “Se não orou em línguas é porque não foi batizado”, “Se não chorou é porque não recebeu a unção”, “Se não gritou e rodopiou é porque não teve fé!”. Gente, desculpe a minha sinceridade, mas pra mim isso não passa de idolatria ao “mover”, e não tem absolutamente nada a ver com o Evangelho puro e simples de Jesus. Vamos fazer um pequeno teste: Imagine se você tivesse que passar o resto da vida sem presenciar ou sentir uma manifestação sobrenatural de Deus, se sentiria completo? Cheio do Espírito? Se a sua reposta for “não” ou “talvez”, é bom começar a se preocupar.

Se tiver que acontecer algum tipo de manifestação sobrenatural, que aconteça, mas da forma mais natural possível. Não podemos viver em busca e na dependência delas, pois isso adoece a alma. Imagine se os discípulos vivessem em busca de experiências como a que tiveram no monte da transfiguração? Ela aconteceu? Sim! Foi maravilhosa? Claro! Tanto que eles nem queriam sair de lá! Mas percebam que quem promoveu “O Encontro” foi Jesus e não os discípulos. Foi Ele quem os conduziu até esta experiência, percebe a diferença? Lembrando que logo em seguida os fez descer e voltar à realidade, e a primeira atitude que tomou ao chegar, foi curar um menino lunático. Sem rodopios, sem gritaria e sem sapateado: “E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou.” Mt 17:18. Pronto, simples assim! Vejam que eles estavam retornando de uma experiência sobrenatural maravilhosa! Jesus poderia muito bem ter aproveitado a unção e transformado a situação num verdadeiro “show pirotécnico”, mas não o fez, justamente para nos ensinar que este não é o foco e que esta não deve ser a nossa preocupação.

Outra coisa que me preocupa são as músicas recheadas de repetições. Verdadeiros mantras! Elas fazem com que a igreja entre numa espécie de transe: “Vem Espírito x 20; Sopra neste lugar x 15; Derrama x 30… Repito: o Espírito Santo não precisa de invocação, pois ele habita em nós, em todo lugar e a todo momento! Outro detalhe: a música mexe profundamente com as emoções, e a linha que separa a manifestação emocional da espiritual é muito tênue, poucos conseguem discenir. A mente é como um mundo paralelo, e cada um desenvolve o que deseja. A psiquiatria chama isso de “Transtornos Dissociativos”, podendo acontecer de forma coletiva. Causam estados alterados de consciência, estado de sugestionabilidade aumentada (frases repetitivas, ordens de comando, cânticos e movimentos pseudoespirituais), aumento de percepções de imagens como luzes ou fumaça, dimuição da iniciativa e da atitude de planejamento (fazer o que pedem) e redução momentânea da capacidade de teste de realidade. Tais fenômenos são caracterizados por estados transitórios em que parece haver uma dissociação mental completa ou parcial, na qual o sujeito pode apresentar-se sem movimentação motora ou com automatismos em atos e pensamentos e um estado hipnótico, semelhante a um sonho ou embriaguês². Isso te lembra algo?

Não posso esquecer daqueles que passam uma vida inteira correndo atrás de revelações, promessas e profecias. Erram feio por não conhecerem as Escrituras! Todas as promessas e revelações que Deus tem para a sua vida já foram dadas, é só ler a Bíblia! Mas dá trabalho né? É muito mais fácil sair por aí em busca de ungidos do Senhor para receber aquela oração poderosa, não é mesmo? Você deveria correr atrás de Deus, e não do sobrenatural de Deus! Estude a Palavra diariamente, ore em todo o tempo e busque transmitir o caráter de Cristo através de suas ações, palavras e pensamentos. E se Deus precisar te mandar algum recado, fique tranquilo, ele vai dar um jeito de mandar! Ah vai!

Caio Fábio disse acertadamente: “O justo vive pela fé, não por emoções e sensações. As emoções podem ser desastrosas quando tomam o comando da vida. Por trás de todas as maluquices da religião, há pessoas emocionalmente desequilibradas, e que confundem suas emoções com a vontade de Deus ou manifestações do Espírito. Para essas pessoas, o Espírito Santo é concedido pelo esforço humano, pela sua concentração emocional e pela sua aflição desejosa de Deus, e mais, tem que haver línguas e sinais externos de natureza sobrenatural, pois, para ele, o fruto do Espírito e a presença do Espírito não é amor, alegria, paz, bondade, benignidade, mansidão e domínio próprio, mas sim euforia descontrolada, embriagues dos sentidos, profecias nervosas e muita santaradice… Jesus, no entanto, disse que o Pai dá o Espírito Santo a quem quer lho peça, assim como um pai humano bom, que, recebendo o pedido de um filho que lhe pede um pão, a ele não serve uma serpente. Portanto, para receber o Espírito Santo basta dizer crendo: “Pai, dá-me o Teu Espírito!” e o Pai dará o Espírito: “Ora se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai Celeste não dará o Espírito Santo a todos os que lho pedirem?” — indaga Jesus o óbvio. Assim, não crer que o Espírito Santo me seja dado pelo amor do Pai em razão de minha fé simples e humilde, é pecado contra a Palavra de Jesus e contra a pureza e simplicidade do amor de Deus. Por isto é útil meditar no fato que a fé não tem nada a ver com emoção. Pela fé, você é habitado pelo Espírito de Deus, e Dele bebe de todas as fontes espirituais que estão franquiadas a todos nós que cremos, e não apenas a um grupo específico e em momentos específicos. O batismo com o Espírito Santo é sinônimo de conversão e regeneração, é a mesma coisa que “nascer de novo” e isso acontece apenas uma vez, assim que você recebe Cristo em sua vida. Ele não fica saindo, entrando e te batizando cada vez que volta”.

Não podemos esquecer também que o Espírito é o mesmo em todos, apenas se manifesta de formas variadas, conforme 1 Coríntios 12:7-11: “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer.”

Oração em línguas é outra questão. Não encontro na Bíblia algo que justifique o falar em línguas no púlpito ou microfone, muito pelo contrário: “Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus”. 1 Coríntios 14:27-28. Fora os que soltam os “alabaxuriandares” da vida na maior altura, desencadeando uma gritaria desenfreada na igreja. Desculpe, não consigo enxergar isso como mover do Espírito, pois não traz edificação nenhuma. E a grande maioria acaba indo na onda do movimento, muitos apenas por constrangimento, pelo receio de serem tachados de “não espirituais”. Já vi pastores ensinando pessoas a orar em línguas dizendo: “Repete glória, glória, glória várias vezes que você consegue”. Imagine só? Um verdadeiro gargarejo gospel comunitário! E se um descrente entra numa reunião como essas? O que vai pensar? Paulo nos dá a resposta:”Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?”. 1 Coríntios 14:23.

Outra situação delicada é o “confessai vossos pecados uns aos outros para serdes curados”. Há uma simplicidade tão grande nessa orientação de Tiago… Compartilhe com um irmão de confiança seus pecados, suas mágoas, suas angústias e permita que ele ore com você. Isso traz cura para a alma! É como tirar a dor do peito com as próprias mãos! Digo por experiência própria. Mas os crentes teimam em achar que o versículo é simples demais para ser verdade, e então, cria-se todo um ritual em torno de uma situação que poderia ser tão simples. Os ministros sopram na cara do indivíduo, rodopiam, mandam repetir frases prontas, dançam… Aí a pessoa chora, grita, bota pra fora suas dores e sente o maior dos alívios (claro). Então, ao término da ministração, surgem as famosas frases: “Viu o mover de Deus? Ele se manifestou de forma tremenda aqui neste lugar!” Não, não estou dizendo que Deus não pode agir desta forma, mas batendo na tecla de que não há a necessidade do “reteté” para Deus agir. O Espírito Santo pode se manifestar numa conversa ao redor da mesa de jantar, num bate-papo com um irmão e através de uma oração simples e sincera. Ali, Ele pode me curar e tratar da mesma forma, só que de uma maneira muito mais simples, e pra mim, isso é tão tremendo quanto o “reteté”!

C. S. Lewis foi um homem que se entregou a Deus sem nenhuma emoção. Ele conta que apenas se curvou e disse: “Deus, eu reconheço que Tu és Deus!” — e pronto. Também não se diz nos evangelhos que os convertidos saíam chorando, arrepiados, sapateando ou dizendo terem visto anjos, mas apenas que haviam sido curados ou convencidos pela Palavra, simples assim! Sobrenatural é a transfomação que Deus pode fazer na vida de uma pessoa, levando-a da morte para a Vida! “Quando o “mover” significar ardor, paixão pela Palavra, amor pelas vidas, misericórdia, pregação fervorosa e muito desejo de servir a Deus e ao próximo, então estaremos no caminho certo. Aprendi a usar o seguinte critério: Tudo o que eu vejo nos evangelhos sendo praticado por Jesus, considero como modelo a ser seguido. O que eu não vejo nos evangelhos como prática de Jesus, eu tolero nos limites do bom senso. Bom senso é a palavra chave. Muitas vezes no auge e no anseio da experiência de algo novo e sobrenatural, a gente corre o risco de perder um pouco do equilíbrio e o bom senso”.³

Infelizmente, a idolatria ao mover do Espírito está presente em nossas igrejas. Nas mesmas igrejas que condenam a idolatria aos santos. É hora de parar e pensar: Jesus não nos ensina que o amor é o maior de todos os dons? A maior de todas as manifestações? Sim, esse é o dom que você deve buscar e ansiar! A Bíblia é clara quando diz em 1 Coríntio 13 que se não houver amor, de nada valem as manifestações. Você pode orar em línguas, sapatear, profetizar, expulsar demônios, rodopiar, curar…. Se o amor pelas vidas não for a força motriz dessas ações, cada uma delas se dissolverá como fumaça diante dos olhos de Deus. Os dons do Espírito são concedidos à nós para edificação de vidas, apenas! “Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja… Quando vocês se reúnem, cada um tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.” 1 Coríntios 14:12 e 26

É bom não esquecer que nem todos os milagres são de origem divina. Um poder sobrenatural pode ser satânico, apenas disfarçado de divino para criar uma ilusão. Estejamos atentos! “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’” Mateus 7:22-23

O maior milagre já foi feito na Cruz, e a nossa maior busca deveria ser por testemunhar este milagre. O nosso maior investimento deveria ser em cumprir o “Ide” de Jesus, fazendo discípulos de todas as nações, afinal, não foi para isso que recebemos o Espírito Santo? “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Atos 1:8. Jesus NÃO disse: “Busque o mover, corra atrás do sobrenatural de Deus”, NÃO! Sua ordem foi: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mt 28:19-20.

Fazer discípulos leva tempo, muitas vezes anos! Significa caminhar, conhecer, conviver, ensinar, exortar, amar, servir, se alegrar e chorar… É muito mais que uma reunião cheia de “unção”. É uma caminhada longa, trabalhosa e nem sempre tão prazerosa, mas que deve ser feita em obediência a Cristo e amor às vidas. E se nessa caminhada surgirem manifestações sobrenaturais, amém! Mas a nossa busca incessante deve ser por intimidade com Deus através da caminhada diária e por vidas rendidas aos pés da Cruz, afinal, não foi para isso que fomos chamados?

“Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se”. Lc 15:7

NOTAS

¹ Mt 22:37,39

²Hilgar (1979) e Lewis (1977)

³www.caiofabio.net

Dani é casada há 9 anos e têm dois filhos e é colaboradora do Genizah. Conheça o seu blog pessoal: Salve o meu casamento!

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/blogueira-compara-retete-umbanda-espirito-precisa-invocado-53260.html


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