A Conferência de Bispos Católicos da Índia (CBCI, sigla em inglês) condenou a violência contínua em Vadodara, Gujarat. Em uma declaração à imprensa, o secretário geral da CBCI, arcebispo Stanislaus Fernandes, disse que a Igreja Católica na Índia estava "entristecida com a violência em Vadodara."
No dia 1º de maio, as autoridades do Estado demoliram uma "dargah", uma capela centenária construída sobre o túmulo de um santo sufi (místico islâmico) porque a terra era propriedade do Estado. Os protestos da comunidade muçulmana foram aplacados pela polícia, que atirou contra a multidão. Extremistas hindus atiçaram a violência sectária, atacando os muçulmanos. Em três dias, seis pessoas foram mortas.
A resposta do governo foi impor um toque de recolher e, desde 3 de maio, empregar forças militares. As tensões se acalmaram no dia seguinte e o toque de recolher foi suspenso para mulheres e crianças.
Feridas reabertas
Sriprakash Jaiswal, ministro do Estado na Junta Ministerial de Assuntos Internos, condenou a demolição da "dargah" e o comportamento da polícia.
Cerca de 50 pessoas, hindus e muçulmanas, foram presas no dia 3 por causa da violência.
O conflitou reabriu as feridas de 2002, quando duas mil pessoas, na maioria muçulmanas, morreram por causa da violência sectária no Estado.
Na declaração da CBCI, o arcebispo disse que "só atitudes precavidas e pacientes, e ações de tolerância e respeito podem construir boa vontade e harmonia entre as pessoas de todas as comunidades".
O arcebispo também apelou a todos os grupos, comunidades e líderes religiosos para que promovam a reconciliação e a paz, e não incitem sentimentos religiosos nocivos.
O prelado reafirmou o compromisso da Igreja Católica em trabalhar para uma resolução harmoniosa e pacífica dos conflitos e situações de injustiça. Assim, todos os povos e comunidades da Índia poderão desfrutar de uma paz duradoura e satisfatória.
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