Urnas nos campos de refugiados e possibilidade de votar por correio. Essas são as exigências de Raphael Cheenath, arcebispo de Cuttak-Bhubaneswar, para que os cristãos de Kandhamal (Orissa) tenham o direito de participar das eleições dos dias 16 e 23 de abril que renovarão o Lok Sabha, parlamento indiano.
Os cristãos não sofreram apenas violência física e tiveram suas casas destruídas nos massacres de agosto e setembro de 2008; os fundamentalistas também queimaram seus documentos de identificação. Há mais de 70 mil cristãos cujos nomes não constam nas listas de eleitores, a maior parte deles pertence ao distrito de Kandhamal. Muitos não podem retornar para suas vilas de origem e correm o risco de não poderem exercer seu direito de voto. Há a suspeita de que a eliminação do voto cristão teve sua origem durante o massacre, para a vantagem do partido nacionalista Bharatiya Janata (BJP, em inglês), que defende o extremismo hindu.
"Passados 7 meses, 3.200 pessoas ainda vivem em campos de refugiados”, diz o arcebispo. “A campanha de ódio e violência continua, e aumentou com o anúncio das eleições. Há um boicote social em várias aldeias, e as pessoas não puderam voltar para casa. De acordo com relatórios de várias ONGs, mais de 18.000 pessoas originárias de Kandhamal ainda estão vivendo em Bhubaneswar, Cuttack e Berhampur."
De acordo com o arcebispo Chennath, “a comissão eleitoral precisa fazer uma investigação imediata em Kandhamal e decider por si mesma se uma eleição livre e justa é possível nesse momento. A administração distrital deveria tornar público quantas pessoas voltaram para suas aldeias e quantas poderão votar sem medo”.
O Arcebispo de Bhubaneswar conta que “precisa-se de esforços para trazer as pessoas de volta para suas aldeias para que elas exerçam democraticamente seu poder de voto. Se necessário, o governo deve começar uma eleição por correio para as pessoas de Kandhamal que estão vivendo em outras localidades de Orissa e da Índia. A não ser que essas questões sejam respondidas razoavelmente, a eleição em Kandhamal vai estar apenas maquiada de democracia”. Entrevistado pelo AsiaNews, Sajan K. George, presidente do Conselho Global de Indianos Cristãos (GCIC, em inglês), assegura que “seria mais apropriado que as eleições fossem adiadas” no distrito, e acrescenta que por causa da falta de documentos, “sem documentos ou títulos de eleitor, que foram queimados, nenhumas dessas pessoas poderia sequer votar pelo correio”. De acordo com o presidente da GCIC, “impedir que uma pessoa exerça seu direito de voto é uma maneira de cassar direitos fundamentais e reprimir a minoria cristã.
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