Livro serviu de escudo durante ataque a uma base policial, no dia 7 de setembro. Por meio do projétil foi possível chegar ao responsável pela arma – um colega de farda.
O sargento Ubirajara Alves e seus companheiros de farda sofreram um ataque na noite de 7 de setembro, quando dez homens chegaram à base da Polícia Militar atirando. Ele levou um tiro de raspão no tronco, um na perna e outro no braço. A quarta bala ficou alojada dentro de uma Bíblia, guardada em sua bolsa. E é essa pista que pode levar a polícia a um dos suspeitos dos disparos.
Exames de balística comprovaram que o projétil saiu de uma arma usada pela Polícia Militar de Pernambuco que estava sob a guarda do soldado Romilson Faustino da Silva, de 42 anos, 18 deles na polícia. Ele está preso e nega ter participado do crime.
“Da arma dele saiu projétil que ficou alojado na bíblia do sargento Ubirajara. Então, se foi da arma dele e, se ele não apresentar quem atirou, será responsabilizado”, disse o coronel Guissepe Souza que preside o inquérito. Nesta terça-feira, ele apresentou uma das armas usadas no ataque ao trailer da PM às margens de uma rodovia federal. A região faz parte do chamado “Polígono da Maconha”, no município de São Francisco, sertão do Estado.
Ataque
De acordo com o inquérito, no momento do ataque, quatro dos cinco policiais que estavam no local dormiam. O único que estava acordado não teve tempo de reagir, levou dois tiros e morreu na hora. Outros dois policiais foram baleados, mas se recuperam.
Os bandidos roubaram armas, rádios comunicadores e telefones celulares. Segundo o sargento Ubirajara, ele só escapou porque a Bíblia que carregada na bolsa serviu como escudo.
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