Sete meses após a recém construída Igreja Evangélica de Diyarbakir ter sido aberta no sudeste da Turquia, um conselho local subordinado ao Ministério da Cultura e Turismo protestou novamente contra o uso do prédio como local de culto.
O pastor Ahmet Guvener recebeu uma notificação por escrito no dia 30 de outubro informando que o uso do edifício só poderia ser para residência, e qualquer outro uso era ilegal.
Assinado por Mehriban Karaaslan, o documento declara que o prédio transgride a Lei n.º 2863 que regula a proteção de locais históricos. Presume-se que isso seja uma referência ao local da nova igreja, que fica do lado oposto à histórica Igreja da Virgem Maria da comunidade Ortodoxa Síria. As duas igrejas estão em Lalebey, bairro tradicionalmente cristão da cidade.
A notificação declarava que fotos do prédio tiradas pela polícia e duas queixas protocoladas no dia 2 e 20 de outubro confirmavam que ele estava sendo usado como igreja. Enfatizando que o prédio não pode ser usado como local de culto, o conselho afirmou que era obrigado a notificar as autoridades locais sobre a infração da lei, para que fosse aberto um processo legal ou o prédio fechado para evitar seu uso indevido.
Em resposta à notificação do conselho, Guvener fez um requerimento à municipalidade local no dia 4 de novembro, pedindo que a situação de zoneamento do prédio fosse mudado para local de culto.
No mesmo dia, o pastor mandou também cartas para o primeiro ministro Tayyip Erdogan, ao ministro do Exterior, Abdullah Gul e do Interior, Abdulkadir Aksu, em Ancara, pedindo a intervenção deles na legalização da igreja. Até o momento, Guvener não recebeu resposta.
Apesar das autoridades municipais virem colaborando de forma coerente com a nova igreja, disse Guvener, elas não têm autoridade de fato e recebem ordens dos oficiais de segurança do Estado e representantes nomeados.
Há pelo menos 50 igrejas protestantes turcas como a nossa em situação semelhante, disse Guvener a Portas Abertas. A maior parte delas não têm um prédio como nós, mas sofrem as mesmas dificuldades com as autoridades locais.
Não está prevista nas antiquadas leis turcas a construção de novas igrejas. Como resultado, as congregações protestantes locais construíram locais de reunião como residências particulares, e depois requereram às autoridades locais que os considerassem locais de culto.
Isso cria uma contradição, disse Guvener, já que de acordo com as leis seculares turcas, Nós temos o direito de conversão ao cristianismo. Contudo, não podemos construir locais de culto.
Tanto as autoridades da cidade como do Ministério da Cultura aprovaram o projeto do prédio em fevereiro de 2001. O projeto de arquitetura mostra claramente o púlpito, os bancos, banheiros separados para homens e mulheres e um batistério no andar principal, indicado como o santuário. Mas quando a construção exterior estava quase terminada em novembro de 2001, o conselho de Karaaslan ordenou a interrupção da obra e o fechamento do local.
Passaram-se outros 10 meses antes que as autoridades do governo finalmente aceitassem um projeto revisado em julho de 2002, permitindo que o interior do prédio fosse concluído para ser usado.
Enquanto isso, Guvener foi levado a julgamento em maio de 2002, acusado de fazer modificações estruturais no prédio de três andares registrado em seu nome. Como proprietário legal, o pastor declarou em sua defesa que nunca ocultou o objetivo do prédio. Em fevereiro último, o juiz de uma corte criminal considerou as acusações contra Guvener infundadas e rejeitou o caso.
Apesar de oficialmente ser uma casa particular, o prédio vem funcionando abertamente como centro para o culto e comunhão cristãos para a congregação de 50 membros desde 6 de abril deste ano.
Agora que um letreiro gravado na fachada de basalto ficou à mostra, declarando que o prédio é a Igreja Evangélica de Diyarbakir, uma média de 200 visitantes por semana param para ver a nova igreja, conversam com o pastor ou adquirem um Novo Testamento.
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