Autoridades do Laos libertaram três prisioneiros da vila Boukham, Província de Savannakhet, depois de várias semanas de detenção.
No entanto, as restrições aos cultos cristãos no vilarejo continuam em vigor.
O pastor Sompong Supatto, 32, e dois outros cristãos, Boot Chanthaleuxay, 18, e Khamvan Chanthaleuxay, também 18, foram libertados em 16 de outubro contra a vontade do chefe da vila, que ameaçou dar pena perpétua a Supatto em uma prisão de segurança-máxima. Autoridades do vilarejo continuam hostis à presença de cristãos, de acordo com o grupo Liberdade Religiosa no Laos do Human Rights Watch (HRWLRF).
As autoridades prenderam Supatto e quatro outros cristãos em 20 de julho, invadindo a igreja deles e ordenando que 63 presentes parassem de louvar ou seriam presos por “acreditar e louvar a Deus”. Os cinco foram detidos após a invasão e soltos sob a condição de parar de realizar cultos.
A polícia justificou o ataque pelo fato de que a igreja deles não foi oficialmente registrada. Como esse registro é concedido com estreitas limitações de atividades religiosas, muitos cristãos preferem não se registrar.
Quando a igreja continuou a se reunir para fazer cultos, a polícia prendeu Supatto e dois membros da família Chanthaleuxay, em 3 de agosto, detendo-os com algemas e grilhões de madeira nos pés.
Eles ficaram aprisionados nas celas do distrito policial de Sapangthong. A polícia inicialmente disse que não liberaria os homens até que renunciassem à sua fé, relatou o HRWLRF.
Em 25 de agosto, o chefe do vilarejo solicitou membros da família a pedir fiança para os dois adolescentes, mas disse que Supatto não se qualificava, já que sua punição por liderar a igreja de Boukham seria “prisão perpétua”. Dias depois, o chefe pressionou novamente os membros da família para assinar documentos renunciando sua fé para assegurar a libertação dos adolescentes, mas eles recusaram.
Em setembro, o chefe da vila de Boukham convocou uma reunião comunitária extraordinária para resolver o “problema” das oito famílias cristãs residentes que se recusavam a abrir mão de sua fé. Normalmente, todos os adultos participariam dessas reuniões, mas, nessa ocasião, os cristãos foram excluídos.
A reunião terminou com planos de expulsar todos os 55 cristãos da vila; até agora, no entanto, nenhuma expulsão aconteceu, de acordo com fontes do Compass.
Após a libertação dos prisioneiros, graças à pressão internacional, cristãos de Boukham começaram a viajar para outras igrejas no distrito para cultuar. Agora eles esperam recomeçar os cultos na própria comunidade deles se as restrições forem retiradas.
Reunindo-se em outra vila, a despeito das ameaças
Cristãos da vila Katin, província de Saravan, continuam a se encontrar a despeito de ameaças das autoridades locais.
Em 21 de julho, policiais prenderam 80 cristãos do vilarejo depois que residentes capturaram um cristão, identificado como Pew, e entornaram-lhe vinho de arroz garganta abaixo, matando-o por asfixia.
Quando familiares o enterraram e colocaram uma cruz de madeira no túmulo, policiais os acusaram de “praticar rituais do inimigo do Estado”, e levaram um búfalo e um porco deles como multa.
Eles também ameaçaram outros cristãos de confiscar o gado se não desistissem de sua fé – essa é uma ameaça significativa, já que animais de fazenda são essenciais para as pessoas do vilarejo, que levam vida tipicamente agrária.
Em 25 de julho, autoridades cercaram 17 das 20 famílias cristãs no vilarejo – um total de 80 homens, mulheres e crianças – e detiveram-nos em uma escola, negando-lhes comida, numa tentativa de forçar os adultos a assinarem documentos renunciando sua fé. As três famílias remanescentes já haviam assinado documentos sob coação.
À medida que seus filhos foram enfraquecendo, dez famílias assinaram os documentos e foram autorizadas a retornar para casa. As sete famílias restantes foram expulsas do vilarejo e levadas em um campo aberto nos arredores.
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