No início do mês, as autoridades do Laos prenderam um líder na província de Savannakhet por abraçar o cristianismo; ameaçaram expulsá-lo da comunidade, caso não renuncie sua fé; e matá-lo, caso sua prisão se torne pública, de acordo com a Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF), ONG de Direitos Humanos pela Liberdade Religiosa no Laos.
Funcionários do governo do vilarejo de Liansai, sub-distrito de Saybouthong e distrito de Sapangthong, prenderam Thao Oun, um ancião da igreja de Boukham, no dia 3 de setembro, em sua casa, e o levaram sob a mira de uma arma até o gabinete do sub-distrito. Eles o entregaram ao chefe de polícia de Saybouthong, Thao Somphet, que deteve, interrogou e aterrorizou o cristão por aproximadamente seis horas.
Thao foi acusado de destruir o governo e a nação laosiana por abraçar o cristianismo, considerado pelos funcionários do governo uma “religião estrangeira que deve ser abominada”.
O chefe de polícia exigiu que Thao renunciasse imediatamente ao cristianismo ou seria expulso do vilarejo. Além disso, ele o ameaçou dizendo que, se qualquer palavra sobre sua detenção e interrogatório chegasse à comunidade internacional, ele seria morto, de acordo com a HRWLRF. A ONG decidiu publicar os maus tratos, alegando que a exposição internacional é a forma mais eficaz de evitar que o governo do Laos leve a cabo suas ameaças.
O chefe de polícia também disse a Thao que seu tratamento duro terminaria “somente após a morte de todos os cristãos da igreja de Boukham”.
A fim de pressionar ainda mais a igreja de Boukham, os funcionários do governo do vilarejo de Liansai, juntamente com policiais do sub-distrito de Saybouthong, prenderam Thao Aom, que se converteu há dez meses, no dia 5 de setembro. Ele também foi interrogado e intimidado pelas autoridades que lhe disseram: “Você tem crido em uma religião estrangeira e deve assinar um depoimento renunciando o cristianismo. Se não negar, deve deixar o vilarejo.”
A HRWLRJ relatou que, após três horas de interrogatório policial, Thao Aom ainda se recusava a assinar o depoimento renunciando sua fé. Ele foi expulso do vilarejo e buscou refúgio em outro, a seis quilômetros de distância, aonde já morara anteriormente.
No domingo, dia 6 de setembro, autoridades policiais do distrito de Palan se juntaram aos funcionários do sub-distrito de Saybouthong, para cercar o prédio da igreja de Boukham, impedindo os membros de entrarem para o culto da manhã de domingo.
Para punir os membros da igreja por seguirem a Jesus, os funcionários do governo proibiram dez de suas crianças de frequentarem a escola e cortaram o acesso à água nos poços do vilarejo. Eles também privaram todos os cristãos da região de proteção e direitos, e ameaçaram negar serviços públicos de saúde para os cristãos doentes ou feridos.
Laos é um país comunista que tem 1,5% de cristãos e 67% de budistas, sendo o restante não especificado.
As ações contra a igreja de Boukham violam a constituição do Laos bem como outras leis aprovadas entre 2004 e 2006, incluindo a Lei de Procedimento Criminal, cujo artigo 5, violado pelos funcionários do governo que prenderam Thao Oun e Thao Aom, proíbe prisão, detenção ou busca em prédio ou casa sem ordem de um promotor público.
A recusa de conceder educação às crianças em idade escolar com base na afiliação religiosa viola o artigo 3 da Lei de Proteção aos Direitos e Interesses das Crianças, asseverou a HRWLRJ. O artigo 6 também declara que “Todas as crianças são iguais em todos os aspectos sem discriminação de qualquer tipo com relação a gênero, raça, etnia, língua, crença, religião, estado físico e estado sócio-econômico de sua família.”
No ano passado, funcionários do governo do vilarejo de Boukham detiveram três cristãos da mesma igreja por várias semanas até liberá-los em 16 de outubro. Eles invadiram a casa de um pastor, aonde funcionava uma igreja doméstica, e ordenaram aos 63 cristãos presentes que cessassem o culto ou seriam presos por “crer e cultuar a Deus”.
A igreja foi alvo da polícia porque não era registrada oficialmente. Tais registros vêm com rígidas limitações às atividades da igreja e, por isso, muitos cristãos os evitam.
Deixe seu Comentário abaixo:
O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.