A Austrália reconheceu oficialmente Jerusalém Ocidental como capital de Israel no último sábado (15), anunciou o primeiro-ministro Scott Morrison. No entanto, a mudança da embaixada de Tel Aviv para a cidade não ocorrerá até que um acordo de paz seja estabelecido.
“O governo australiano decidiu que a Austrália agora reconhece que Jerusalém Ocidental, sede do Knesset (parlamento de Israel) e de muitas das instituições do governo, é a capital de Israel”, disse Morrison.
O primeiro-ministro australiano, que é evangélico, disse que a decisão respeita tanto o compromisso com a solução de dois Estados quanto as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU.
Morrison também se comprometeu a reconhecer Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado aspirado pela Palestina, quando o status da cidade for determinado em um acordo de paz.
Enquanto a mudança da embaixada não acontece, Morrison disse que seu governo irá estabelecer um escritório de Defesa e Comércio em Jerusalém e começará a procurar um local apropriado para a embaixada. “Estamos ansiosos para mudar nossa embaixada para Jerusalém Ocidental quando for viável”, acrescentou.
O primeiro-ministro disse que é do interesse da Austrália apoiar a “democracia liberal” no Oriente Médio e se atentar às Nações Unidas, que ele disse ser um lugar onde Israel é “intimidado”.
Em junho, a então ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, disse que “o governo australiano não irá transferir sua embaixada para Jerusalém”. Em outubro, dois meses depois de ser eleito o novo primeiro-ministro do país, Morrison anunciou que estava “de mente aberta” para o movimento.
Tanto israelenses como palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital. Israel conquistou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e depois a anexou em um movimento que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional. Israel vê toda a cidade como sua capital.
Durante décadas, a comunidade internacional sustentou que o status de Jerusalém deveria ser negociado entre Israel e os palestinos. Críticos dizem que declarar que Jerusalém como capital do Estado judeu inflama as tensões e atrapalha as negociações de paz. O governo de Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel em dezembro do ano passado e inaugurou sua embaixada em maio.
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