Um pastor neopentecostal do Quênia é a figura central de uma polêmica no país por conta de suas ministrações extravagantes. Victor Kanyari é acusado de charlatanismo e vem sendo chamado pela imprensa local de “predador da oração”.
A polêmica se tornou tão intensa que um grupo de ateus pediu às autoridades que investigassem o pastor Kanyari e o levasse a julgamento por supostamente se aproveitar da simplicidade dos fiéis.
“Os ateus no Quênia gostariam que o governo do país prendesse rapidamente o bispo Victor Kanyari por tirar vantagem dos crentes quenianos e, eventualmente, extorquir dinheiro deles em nome de Deus. O que o bispo Kanyari vem fazendo é fraude, e é inaceitável”, disse Harrison Mumia, presidente da associação Ateus no Quênia em um comunicado.
De acordo com informações do site queniano The Star, Harrison Mumia reafirmou a crença da associação de que Deus não existe, mas ressaltou que os ateus também acham que é “lamentável que alguém use a religião de forma fraudulenta para extorquir dinheiro dos quenianos vulneráveis”.
Mumia também defendeu a proposta do governo que quer proibir a mídia de veicular programas que divulgam curandeiros “milagrosos”, de modo a interromper a criação de uma sociedade de crentes obcecados por “milagres”.
A associação Ateus no Quênia é um grupo de pessoas que não acreditam em qualquer forma de religião, cuja missão é desafiar e confrontar a fé religiosa.
Assista no vídeo abaixo ao documentário “Prayers Predators” (em inglês), que mostra cenas de cultos promovidos pelas denominações neopentecostais no Quênia e acusa o pastor Victor Kanyari de charlatanismo:
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