Novas revelações podem mudar o rumo das investigações da polícia de São Paulo, onde Patricia Lélis registrou Boletim de Ocorrência (BO) contra Talma Bauer e Emerson Biazon por cárcere privado e coação.
De acordo com a Folha de SP, Bauer, chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC/SP), afirmou nesta sexta-feira (12), em novo depoimento, que entregou dinheiro para Lélis na intenção de comprar seu silêncio. Ela acusa o parlamentar de assédio sexual e agressão.
Um dos fatores decisivos para a mudança de versão – o assessor negou o fato no primeiro depoimento – foi a divulgação de vídeos gravados por Biazon, que aparece nas negociações como uma espécie de assessor da jovem.
Na sexta-feira passada (5), ambos foram detidos no hotel San Raphael, no centro de São Paulo. Os policiais conduziram Bauer e Biazon, acusados por Patrícia de tê-la sequestrado. Emerson tinha consigo 20 mil reais, que afirmava ter recebido de Talma, que negava ter entregue a quantia.
Agora o chefe de gabinete do deputado afirma que o dinheiro era para Patrícia. “Ela pediu dinheiro para pagar a faculdade”, afirmou. Lélis manteve nas entrevistas que nunca pediu dinheiro. Conta ainda que foi o Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, quem lhe ofereceu “um saco de dinheiro” para que ela não fizesse as denúncias contra Feliciano.
Talma Bauer insiste que tirou o dinheiro de suas economias pessoais. O objetivo seria “evitar o mal maior, o escândalo”. Continua dizendo que a denúncia da estudante contra o congressista é “caluniosa”.
Acompanhado do advogado e também assessor de Feliciano, Rafael Novaes, Bauer explicou à polícia que fez as negociações sem o conhecimento do deputado, por estarem “indo bem”. No momento, o chefe de gabinete está afastado do trabalho em licença médica.
Segundo o blog político Coluna Esplanada, o delegado do 3º DP de São Paulo, Luís Roberto Hellmeister, está avaliando a possibilidade de pedir a prisão preventiva de Patrícia Lélis. Ela é acusada de falsa comunicação de crime e de tentativa de extorsão. Foi chamada à capital paulista para prestar novo depoimento.
O advogado dela, José Carlos Carvalho, mantém a versão da cliente de que ela foi coagida e vigiada o tempo todo por Talma Bauer.
Vídeos dão detalhes da negociaçãoO jornalista Leandro Mazzini, responsável por expor toda a trama afirma que Patrícia Lelis pediu R$ 300 mil a Feliciano, que seriam pagos em 6 parcelas de 50 mil.
Em outro vídeo divulgado ontem pelo jornalista e gravado por Emerson Biazon, é possível ver Talma Bauer conversando com uma pessoa ao telefone. Ele dá o aparelho para Patrícia, dizendo “É o Marco”. No início, ela demonstra contrariedade em falar com o deputado, mas acaba concordando.
Embora a qualidade do áudio seja ruim, é possível ouvi-la dizendo “Oi, Feliciano”.
Em se confirmando que se tratava de uma ligação do próprio deputado, seria uma contradição direta com a versão dele sobre todo esse caso, dada na única ocasião que se manifestou publicamente sobre as acusações contra si.
No vídeo, divulgado no sábado (6) ao lado da esposa, ele diz que não tinha conhecimento das atividades do seu chefe de gabinete.
Na ocasião, afirma que as denúncias eram uma invenção da estudante, e que a perdoava. Também pediu que as pessoas não o condenassem “antes do tempo”.
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