Um aumento repentino da violência contra os cristãos na Tanzânia deu lugar ao que Todd Nettleton, porta-voz da organização Voz dos Mártires nos EUA, explicou: "Houve ameaças a respeito do período de celebração da Páscoa, o que nos preocupou muito".
Outra forma de intimidação faz parte de uma propaganda recente: "Aparentemente, tem circulado folhetos que incentivam os cristãos a atacar os muçulmanos em retaliação à violência sofrida. Se isso for levado a sério, acontecerá uma reviravolta em plena Semana Santa ou no próprio Domingo de Páscoa”, disse ele.
Nettleton atribui parte desse levante a uma mudança: "Alguns desses muçulmanos que atacaram os cristãos participam ativamente na ascensão do islamismo radical no país. Existem algumas evidências de ligações entre muçulmanos radicais na Tanzânia - particularmente na ilha de Zanzibar e al Shabaab, na Somália". De fato, por onde passam, militantes islâmicos parecem estar empenhados em exterminar todos os cristãos. Em muitos lugares foram registrados diversos ataques a igrejas, líderes cristãos, ameaças de morte e assassinatos de fiéis.
“Mais recentemente”, Nettleton acrescenta, "nós estamos sofrendo mais perseguição na Tanzânia do que nos últimos anos. Essa situação direcionou para nós a atenção de organizações que monitoram a liberdade religiosa e a perseguição ao redor do mundo." Ele refere-se à Portas Abertas e à Classificação de países por perseguição, na qual, a Tanzânia, que nunca esteve na lista antes, agora ocupa a 24ª posição dentre 50.
A situação levanta a seguinte questão: estes eventos isolados são sintomas de um problema maior ou não? “Cristãos estão preocupados e cautelosos”, compartilhou Nettleton. "Um dos meus colegas de trabalho foi à Tanzânia na semana passada a fim de incentivar e reunir-se com cristãos que já enfrentaram perseguições. Há, definitivamente, uma preocupação sobre o que vai acontecer.
No entanto, ele continua a dizer, "uma das coisas que impacta a propagação do Evangelho é a maneira como os cristãos respondem à perseguição." Por exemplo, a viúva de um dos líderes assassinados da Igreja, é mãe de 12 crianças. Com o marido morto, ela não pôde mais permanecer no presbitério da congregação. De uma só vez, ela perdeu seu marido e sua segurança.” Mesmo assim, ela perdoou os assassinos de seu marido. "Basicamente, ela repetiu as palavras de Cristo na cruz: ‘Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que estão fazendo’ (Conforme Lucas 23.34). O perdão pode, realmente, ser a semente do Evangelho, porque é uma coisa sobrenatural, não é uma resposta humana à perseguição", afirmou Nettleton.
"É essa resposta incomum que faz com que os perseguidores perguntem: ‘Como você pode responder dessa maneira? Como você pode responder com amor às pessoas que mataram seu marido?’ E, assim, uma semente do Evangelho é plantada!”, concluiu ele.
Ore para que a pressão dos extremistas islâmicos chegue ao fim e a liberdade de religião seja protegida. Líderes da Igreja nas ilhas Zanzibar e Pemba precisam de proteção e segurança; peça ao Senhor para que os cristãos tenham coragem de compartilhar o amor de Deus com os muçulmanos e, interceda por esse período de Páscoa.
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